Brasil está na vanguarda do ‘tudo grátis’, diz pensador da cybereconomia

'Desperdício' levou país à liderança nos biocombustíveis, diz Chris Anderson.
Editor da revista 'Wired' diz que o aceitável, na era da internet, é o 'custo zero'.
LEOPOLDO GODOY Do G1, em São Paulo

Quase todos os serviços que você utiliza na internet são gratuitos. Você lê notícias à vontade, tem a opção de utilizar serviços gratuitos de e-mail e, vez por outra, vê vídeos e baixa músicas ou até mesmo discos completos sem precisar colocar a mão no bolso.

Para o físico e jornalista Chris Anderson, eleito uma das 100 pessoas mais influentes do mundo pela revista ‘Time’ em 2007, o modelo do ‘tudo grátis’ vai se expandir para outras áreas da economia em um futuro próximo. E o Brasil, segundo ele, está na vanguarda desta evolução - principalmente no campo das energias renováveis.

Anderson, autor dos livros ‘A cauda longa’, de 2006, e ‘Free’, que será publicado em 2009, afirma que o coração do conceito de ‘tudo grátis’ está em ter recursos que, de tão abundantes, têm custo praticamente zero e podem ser literalmente desperdiçados em busca de inovações.

Foi assim com o poder de processamento dos computadores, que hoje em dia é gasto para produzir um ambiente gráfico mais amigável para o usuário – o que antes era considerado fútil.

Biocombustíveis

No Brasil, diz Anderson, a oferta quase ilimitada de recursos naturais como água e terra fértil fez com que o país tomasse a liderança mundial na produção de biocombustíveis, como álcool e biodiesel.

“Para quem precisava plantar alimentos, mas tinha acesso restrito a água, investir em uma pesquisa que podia não dar em nada como a da produção de álcool era um desperdício”, afirmou o editor da revista ‘Wired’ ao G1, após apresentação no Fórum Mundial de Marketing e Vendas da HSM, em São Paulo.

Além disso, o Brasil é um dos países que mais tem a se beneficiar da evolução do mercado para o chamado “freeconomics”, onde o custo dos serviços para o consumidor é zero, já que há outros agentes ou interesses bancando o produto. “O ‘grátis’ facilita o acesso à cultura, já que, com a internet, é possível criar formas de distribuição de conteúdo muito mais baratas”, diz Anderson.

Segundo ele, a evolução destas formas de distribuição beneficia mais as populações que vivem em uma economia em desenvolvimento, em um território com dimensões continentais. “Pessoas que não tinham acesso a jornais hoje podem ler as notícias pela internet, gratuitamente.”

Leia também, no blog da Época Negócios: Você já pensou em tornar o seu produto grátis?

'Cauda longa'

O surgimento da rede também deu aos produtores de cultura a possibilidade de distribuírem seu material e serem conhecidos. Antes, havia uma barreira logística para que filmes, livros e músicas tivessem acesso ao mercado: não existia espaço suficiente para exibir toda a produção cultural mundial, e apenas aqueles que passavam pelo crivo das TVs, donos de estúdios de cinema e editoras chegavam ao consumidor final.

É aí que entra a outra idéia defendida por Anderson, a chamada “cauda longa”. A cultura de massa, na verdade, não foi uma imposição da segunda metade do século XX, mas o único modelo que era possível quando levava-se em conta que existiam poucos canais de TV, e que para obterem êxito financeiro, esses canais eram obrigados a apresentar programas que agradavam a todos, “pelo mínimo denominador comum”.

“Na verdade, ninguém ama o Raymond. Quase todo mundo o tolerava, o que era bom o suficiente para a CBS conquistar audiência”, brincou Anderson, citando o seriado norte-americano ‘Everybody loves Raymond’.

O fim da cultura 'blockbuster'

Agora, com sites como o YouTube surgindo como grandes espaços de divulgação de conteúdo – onde é possível publicar mais vídeos do que um ser humano comum é capaz de assistir ao longo de sua vida toda –, não há a necessidade de criar produtos que agradem a todos. É o fim, diz Anderson, da cultura que só dá valor ao “blockbuster”.

“Só somos parecidos na superfície”, afirma. “E, é em nossas diferenças que conseguimos encontrar algo que represente melhor nossa identidade.” Nos EUA, a realidade já corresponde à visão de Anderson. Empresas como a Amazon e a Rhapsody chegam a obter quase 45% de seu faturamento a partir da venda de itens que, pelo modelo pré-internet, não têm espaço nas prateleiras.

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