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Dez vôos de Buenos Aires para o Brasil têm problemas Maiores problemas são em relação aos vôos das Aerolíneas Argentinas. Nove vôos da companhia têm atrasos, diz Aeropuertos Argentina 2000.

André Luís Nery Do G1, em São Paulo


Dez vôos que deveriam partir do aeroporto de Ezeiza, em Buenos Aires (Argentina), com destino ao Brasil estão com problemas, segundo a Aeropuertos Argentina 2000, empresa privada que administra 32 aeroportos da Argentina. A maioria dos vôos é das Aerolíneas Argentinas. De acordo com o site da Aeropuertos Argentina 2000, atualizado às 16h07, os vôos da companhia 1244 e 1262, ambos para São Paulo, e 1252, 1250, 1256, 1950, 1958 e 2966, com destinos ao Rio, e 1220, para Porto Alegre, estão com problemas. Em relação aos vôos 1250 e 1256 e 1220 das Aerolíneas Argentinas, o site da empresa que administra aeroportos na Argentina informa que os passageiros devem consultar a companhia aérea. Segundo a empresa Aeropuertos Argentina 2000, o vôo 1254 das Aerolíneas Argentinas para o Rio de Janeiro foi cancelado. Atrasos O governo argentino atribuiu os atrasos e cancelamentos de vôos das Aerolíneas Argentinas a um overbooking e a problemas de manutenção por parte da transferência de controle da companhia pela empresa espanhola Marsans ao Estado Nacional. "Houve uma excessiva venda de passagens ante a escassez de aviões disponíveis para a temporada de inverno", informou neste domingo o novo presidente das Aerolíneas Argentinas-Austral, Julio Alak, designado na semana passada pelo governo de Cristina Kirchner. O ministro do Planejamento, Julio de Vido, acusou na véspera a Marsans de querer fazer caixa vendendo passagens além do número de aviões e tripulação de bordo disponíveis. "Foram vendidas passagens como se os aviões estivessem funcionando em pleno vapor e só está voando pouco mais da metade da frota", disse. O governo argentino assinou na segunda-feira passada o acordo de reestatização das companhias Aerolíneas Argentinas (AA) e Austral, em crise depois de sete anos em poder do grupo espanhol, com um passivo de US$ 890 milhões. 24 horas O vôo 2254 das Aerolíneas Argentinas, que tinha saída prevista para 9h30 de sábado (26), só decolou 24 horas depois. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Ilha do Governador, no Rio, por volta meio-dia. Abatidos e muito nervosos, os passageiros do vôo 2254 desembarcaram reclamando da falta de atenção das autoridades argentinas e das péssimas condições em que foram mantidos na sala de embarque do aeroporto de Buenos Aires. Os problemas com os vôos das Aerolíneas Argentinas no aeroporto em Buenos Aires também afetam os brasileiros que planejavam aproveitar as férias na Argentina. Na tarde de sábado (26), cerca de 400 passageiros que tiveram os vôos adiados foram levados para 212 dos 531 apartamentos do Hotel Guanabara Palace, no Centro do Rio.

Em Video

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Atraso de vôos na Argentina é causado por ‘overbooking’, aponta jornal Segundo o jornal 'Clarín', Julio Alak culpa o excesso de reservas pelo 'caos aéreo'. Gerente da Aerolíneas Argentinas diz ainda que situação pode se normalizar neste domingo.

Do G1, em São Paulo

O gerente geral da Aerolíneas Argentinas, Julio Alak, disse que os atrasos em vôos que partem de Buenos Aires neste final de semana foram causados pelo "overbooking" (excesso de reservas de passagem) e pela falta de aviões, segundo reportagem do jornal "Clarín.com" deste domingo (27) . O jornal registra que, até a manhã deste domingo, havia 28 vôos atrasados e seis cancelados. Em suas declaraões, o gerente da Aerolíneas Argentinas considerou que sábado (26) foi o "dia mais crítico do ano", mas disse que as operações deveriam se normalizar no decorrer do domingo. Após atrasos nos vôos da companhia aérea Aerolíneas Argentinas que partiam de Buenos Aires com destino a São Paulo e Rio de Janeiro, os primeiros aviões decolaram neste domingo levando, entre outros passageiros, um grupo de brasileiros que esperava no aeroporto Ezeiza, na capital argentina. Um dos vôos para o Rio de Janeiro chegou ao Aeroporto Internacional Tom Jobim neste domingo por volta do meio-dia, depois de um atraso de 24 horas na decolagem.

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Brasileiros ficam até 6 h em aviões parados na Argentina

Ao menos 500 brasileiros que viajavam pelas Aerolíneas Argentinas foram afetados Empresa diz que overbooking e falta de aeronaves, herdados da administração do grupo espanhol Marsans, motivaram atrasos dos vôos

ADRIANA KÜCHLER DE BUENOS AIRES
DENISE MENCHEN DA SUCURSAL DO RIO - UOL

Ao menos 500 brasileiros enfrentaram no fim de semana horas de espera em aeroportos para ir à Argentina e voltar por problemas na maior companhia aérea do país, a Aerolíneas Argentinas, recém-reestatizada. Os atrasos também afetaram milhares de argentinos e passageiros de outros países.

Devido ao atraso e cancelamento de vôos nos aeroportos de Ezeiza (internacional) e Aeroparque (domésticos), passageiros protestavam pela falta de informações e faziam longas filas para pedir à Aerolíneas, e à sua subsidiária Austral, o pagamento de refeições e hospedagem. Alguns vôos chegaram a ter atrasos de até 24 horas.

Segundo o cônsul-adjunto do Brasil em Buenos Aires Alexandre Silveira, na madrugada e na manhã de ontem, o plantão do consulado recebeu dezenas de chamadas de familiares que ligavam do Brasil para saber informações sobre seus parentes.

Dois brasileiros apresentaram problemas de saúde (pressão alta e problemas intestinais), mas receberam atendimento médico imediato.

No sábado, 33 vôos da empresa atrasaram e quatro foram cancelados. Ontem, um vôo para o Brasil foi cancelado e ao menos cinco atrasaram.

O novo gerente-geral da empresa, designado pelo governo, Julio Alak, disse que os problemas foram causados por overbooking e pela falta de aeronaves, problemas herdados da administração do grupo espanhol Marsans. "Recebemos a gerência da empresa há quatro dias. Houve uma gigantesca sobrevenda de passagens diante da escassez de aviões que se tem para a temporada de inverno."

Recém-reestatizada, a empresa tem dívida de US$ 890 milhões e metade da frota está parada por falta de reparação e de combustíveis. Segundo o gerente, os vôos devem se normalizar ao longo da semana.

Sem comida

"O nosso vôo era para ter saído de Bariloche às 11h de ontem, mas acabamos entrando no avião quase à meia-noite", contou a estudante Ana Carolina Rodrigues, 16, ao desembarcar no aeroporto Antônio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.

"Paramos em Buenos Aires para o que seria só uma escala, mas ficamos seis horas trancados dentro do avião, sem receber explicação e sem comida."

Segundo ela, apenas na manhã de ontem os passageiros deixaram a aeronave. "Ficamos esperando umas quatro horas no aeroporto, que estava lotado." Às 16h, abatido e exausto, o grupo desembarcou no Rio. Alguns adolescentes choravam.

"Ficamos sem saber o que estava acontecendo, acompanhando as notícias pela internet", conta a bancária Mônica Sppezapria, mãe de um deles.

O desembarque, porém, não significou o fim dos problemas. Alguns passageiros, como Carolina Balboa, 15, tiveram a mala extraviada. "A mala não veio. Disseram que ela pode estar no vôo seguinte, e já estou esperando há uma hora e meia."

No setor de embarque, a tensão também era grande. Irritados, passageiros com rumo a Bariloche reclamavam da falta de informações sobre o atraso, que já chegava a 24 horas.

"Deveríamos ter embarcado ontem [sábado], mas até agora nada", reclamava o médico Antônio Carlos Pereira de Souza Júnior por volta das 16h30 de ontem. Ele, a mulher e os três filhos, de 10, 11 e 22 anos, tiveram que passar a noite em um hotel, sem as malas, que tinham sido despachadas.

Em São Paulo, passageiros também reclamaram ter passado sede, fome e frio. O empresário Arnaldo Nannetti Dias Jr., 28, saiu anteontem de Miami para São Paulo, com conexão para Buenos Aires. Ele filmou quando os passageiros no setor de embarque bateram palmas em protesto pela falta de informação. Segundo ele, no avião, quando alguém pedia água, o "comissário dizia que não podia dar por causa da condição financeira da empresa".