Lançado primeiro patrulha costeiro venezuelano
Classe «Guaicamacuto» inicia modernização da frota venezuelana

ÁREA MILITAR

Foi lançado à água em Espanha no final da semana passada, o primeiro patrulha costeiro que a marinha da Venezuela encomendou aos estaleiros da empresa Navantia. O navio foi baptizado «Guaicamacuto» e a sua função primordial è a vigilância de zonas próximas da costa, desempenhando também missões de combate ao narco-tráfico e busca e salvamento.

Os navios estarão armados com uma torre Oto Melara armada com um canhão de 76mm, e também com canhões ligeiros de 20mm. Os quatro Navios de Vigilância Litoral cuja primeira unidade será chamada Guaicamacuto (GC-21) têm um deslocamento máximo de aproximadamente 1600 toneladas e são um projecto da empresa Navantia

Os patrulhas, são baseados no layout dos patrulhas espanhóis da classe Serviola muito modificados e com características destinadas a reduzir a assinatura radar das embarcações.

Embora não tenham hangar, os novos patrulhas costeiros venezuelanos terão uma coberta com capacidade para receber helicópteros ligeiros. Estes navios deverão substituir navios de patrulha mais antigos, construídos nos anos 50 e entretanto modernizados.

Em Espanha foi também começada a construção de quatro Navios de Patrulha Oceânica de maiores dimensões, também desenhados pela Navantia e destinados a operações de vigilância a maior distância da costa.

Essa classe de navios, que será conhecida pelo nome da primeira unidade (Guaicaipuro) terá um deslocamento de aproximadamente 2400 toneladas, 100 metros de comprimento e hangar para um helicóptero. Embora designados Patrulhas, especula-se que estes navios poderão estar equipados com mísseis anti-navio e canhões de 76mm idênticos aos patrulhas mais pequenos.
Tal configuração aproxima este tipo de navio de uma corveta ou fragata ligeira.

O lançamento do primeiro patrulha costeiro do tipo Guaicamacuto, é a primeira etapa na modernização da marinha da Venezuela, que além de necessidades de patrulha costeira e patrulha oceânica, tem também necessidade de substituir e complementar os dois submarinos do tipo U-209 de fabrico alemão presentemente em serviço.

A substituição destes navios, deverá ser feita por submarinos de origem russa, uma vez que navios de outras proveniências poderiam resultar em embargos ou problemas com o fornecimento de tecnologia à Venezuela, como ocorreu quando os Estados Unidos vetaram a venda de aeronaves C-295 ao país.



Esquema de patrulha da classe Guaicamacuto


Depois da renovação dos patrulhas e dos submarinos A modernização da frota terá inevitavelmente que passar pela substituição das seis fragatas da classe Sucre, construídas na Itália no inicio dos anos 80, e que se aproximam rapidamente dos trinta anos.
Designação dos navios «bolivarianos»

Os navios venezuelanos, passam a ser designados pelo prefixo ANBV (Armada Nacional Bolivariana de Venezuela) em vez do prefixo anterior, ARBV (Armada de Republica Bolivariana de Venezuela).
A designação é politicamente relevante, pois é uma demonstração do interesse venezuelano na integração dos países «Bolivarianos».
Do ponto de vista formal, e conforme os planos de Hugo Chavez, haverá uma Armada Nacional Bolivariana para cada país «Bolivariano».

A armada venezuelana, deverá entretanto realizar exercícios com o cruzador nuclear russo Piotr Veliki (Pedro o Grande) que foi enviado pela Rússia numa viagem de diplomacia naval, para visita a vários portos de países amigos, como a Líbia e a Síria. A viagem incluirá a Venezuela.
A frota russa é composta por quatro navios:
O cruzador Piotr Veliki, e o contra-torpedeiro Admiral Chabanenko são os navios de guerra. Os outros dois, são um petroleiro para reabastecimento de combustível, e um rebocador.