http://www.geografiaparatodos.com.br/img/humor/esmola_out07.jpg

Salários pagos por empresas caem quase 30% em seis anos

Fonte: Bol News

O salário médio pago pelas empresas caiu 28,4% entre 2000 e 2006, indicam as estatísticas do Cempre (Cadastro Central de Empresas), divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Há oito anos, eram pagos cinco salários mínimos em média; em 2006, tal pagamento passou para 3,6 salários mínimos médios.

Em 2000, o salário mínimo era de R$ 147,25. Seis anos depois, chegou a R$ 337,50.

A perda salarial foi maior nas empresas privadas, cujo salário médio mensal caiu de 4,7 para 3,2 salários mínimos entre 2000 e 2006, uma variação negativa de 32,4%. As entidades sem fins lucrativos pagaram, em média, 26,2% menos --de 4,7 salários mínimos para 3,5 salários mínimos em média. Já na administração pública, eram pagos 4,7 salários mínimos médios em 2006, 21,2% a menos que os seis salários mínimos médios observados em 2000.

Apesar de pagarem mais, as empresas de grande porte foram responsáveis pelos principais cortes salariais. Entre 2000 e 2006, registrou-se queda de 29,6% --de 6,5 para 4,6 salários mínimos-- no que era pago pelas grandes empresas.

Nas companhias com mais de 1.000 empregados, o salário médio mensal teve retração de 29,4%, caindo de 7,1 para 5 salários mínimos.

Os trabalhadores dessas companhias ganhavam, em média, R$ 1.700,75, o maior entre as cadastradas no Cempre. As grandes empresas como um todo pagavam R$ 1.500,56. Já a média salarial das 5,7 milhões de empresas era de 1.208,64 em 2006, incremento de 10% sobre os R$ 1.093,80 registrados no ano anterior. O menor nível salarial observado foi de R$ 797,65, pago pelas entidades de menor porte (1 a 249 pessoas ocupadas).

Ao todo, foram pagos aos assalariados R$ 536,9 bilhões em salários e remunerações. A massa de salários teve aumento real médio de 17,2% entre 2005 e 2006. Os salários pagos por organizações e empresas da administração pública tiveram aumento de 27,2% no período, acima das acelerações de 16,5% nos valores pagos por entidades sem fins lucrativos, e de 12,5% por parte das empresas.