Militar ferido em queda de helicóptero recebe alta

Da Agência Estado - Via G1

Um dos três militares feridos na queda de um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB) ocorrida na sexta-feira (14), em Icapuí, no litoral do Ceará, recebeu alta. Trata-se do terceiro-sargento Fábio Marinho Freire. Segundo a FAB, o major-aviador André Luiz Barboza Topini e o primeiro-Sargento Ernesto Francisco Berretta Junior seguem internados no Instituto Doutor José Frota (IJF), em Fortaleza.

De acordo com a FAB, o IJF informou que o quadro de Topini é considerado estável. Ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em 16% do corpo e fraturou a costela. Nesta segunda (17) o militar será levado para o Hospital da Força Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, na zona norte do Rio. Berretta Junior teve queimaduras de segundo e terceiro graus em 50% do corpo e passou por uma cirurgia para a redução de luxação do quadril, causada por uma fratura de bacia. O sargento respira com a ajuda de aparelhos e é mantido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Os outros três tripulantes do aparelho, o primeiro-tenente aviador Leonardo Lourenço Barbosa, o segundo-tenente aviador Ulysses Nogueira Rego e o suboficial Lamberto Morais Ferreira, morreram no local do acidente. Seus corpos devem ser liberados pelo Instituto Médico-Legal (IML) da capital cearense ainda neste sábado (15). A aeronave da FAB havia saído de Natal, no Rio Grande do Norte, com destino a Fortaleza. A Aeronáutica afirmou que já iniciou as investigações para apurar as causas do acidente.


Queda de helicóptero da FAB deixa três militares mortos

Fonte: Tribuna do Norte

Um helicóptero que participou do treinamento de combate aéreo simulado, denominado de “Operação Cruzeiro do Sul IV (Cruzex), caiu por volta das 16h30 de ontem, no município de Icapuí (CE), que faz divisa com Grossos, no Rio Grande do Norte. Em conseqüência do acidente, dos seis tripulantes da aeronave, morreram três militares, enquanto outros três sobreviveram e foram imediatamente encaminhados para o Hospital Municipal de Aracati, onde receberam primeiros socorros e, de lá para o José Frota, em Fortaleza.

Em nota publicada no site da Força Aérea Brasileira (FAB) às 20 horas de ontem, o Comando da Aeronáutica lamenta o acidente, informando que o helicóptero modelo H-1H, matrícula 8532, caiu no deslocamento entre Natal e Fortaleza.

Na mesma nota, o Comando da Aeronáutica informa que já havia iniciado as investigações para identificar as causas do acidente. Os tripulantes do helicóptero voavam para Belém (PA). A Assessoria de Imprensa da Aeronáutica informou, ontem à noite, que as identidades das vítimas, por enquanto, não seriam divulgadas.

Por telefone, o inspetor da Policia Civil em Icapuí, Raimundo Moreira da Silva, informou que a aeronave caiu na localidade de Berimbau, próximo ao centro da cidade, numa área desabitada. Silva disse que estava dentro da Delegacia, quando ouviu uma pessoa falando que havia caído um avião: “Do portão eu só vi o fumaceiro, aquela fumaça preta”.

Ele disse que telefonou imediatamente para o Corpo de Bombeiros e para o Samu da cidade de Aracati, a 54 quilômetros do local do acidente. As equipes se deslocaram para Icapuí, onde também chegou de imediato uma guarnição da Polícia Militar para preservar a área. Segundo ele, três corpos ficaram carbonizados, enquanto um dos tripulantes, que ele supunha ser o piloto, “ainda prestou socorro, tirando dois deles de dentro do helicóptero”.

A “Operação Cruzex IV” mobilizou 2.500 militares no Rio Grande do Norte realizando uma guerra aérea por duas semanas, simulando uma coalizão de defesa regional formada por esquadrões de 12 países. A partir da base de Natal, foram realizadas cerca de 650 missões, num total aproximado de 1.050 horas de vôo de combate. A frota de 100 aeronaves encerrou ontem o maior ensaio militar do continente. “Foi um sucesso além do esperado”, avaliou coronel Edmilson Leite Guimarães, do Comando da Aeronáutica, a respeito da operação que foi realizada com base nas doutrinas adotadas pela Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

Durante o treinamento, a FAB empregou pela primeira vez os interceptadores supersônicos Mirage 2000C, de segunda mão usados (e revisados) na França. Todos os aviões-radares utilizados também eram brasileiros, os R-99A de alerta avançado e controle fabricados pela Embraer sobre a plataforma do jato de passageiros Emb-145.

Os argentinos não puderam mandar seus aviões e integrar os exercícios porque o Congresso não autorizou o envio das aeronaves. A Argentina, no entanto, cedeu o software da guerra simulada nos sistemas da Cruzex IV.

Também havia mulheres envolvidas em todas as fases do ensaio: de pilotos do caça Supertucano do Brasil às mecânicas do esquadrão da França. A Venezuela de Hugo Chávez, em vez de mandar para a manobra os novos Sukhoi-30, recém-comprados da Rússia e considerados os mais poderosos da América Latina, despachou seus velhos F-16A, de fabricação norte-americana.

A França, no entanto, além de deslocar para o Rio Grande do Norte os Mirage 2000/9, agregou à equipe as versões Mirage 2000N, com capacidade para transporte e lançamento de armas nucleares. Nenhum dos caças participantes do programa F-X2, para escolha do modelo que servirá à modernização da FAB, esteve na Cruzex IV.

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Aeronave destruída: um pedaço da cauda foi a única peça que sobrou do helicóptero após a queda seguida de incêndio. O restou virou cinza (Foto: J. Luís)

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Helicóptero da FAB cai em Icapuí e mata três tripulantes

Fonte: Diário do Nordeste - Fernando Ribeiro/Fernando Brito/Karoline Viana Editor/Especial para Polícia/Repórter

Aeronave procedia do Rio Grande do Norte e se dirigia a Fortaleza depois de participar da ´guerra´ simulada em Natal

Icapuí. Terminou de forma trágica um acidente aéreo ocorrido na tarde de ontem neste Município do Litoral Leste do Estado (a 202Km de Fortaleza). Um helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), modelo H1H, de prefixo 8532, caiu na localidade de Berimbau, a cerca de um quilômetro da sede municipal e, em seguida, pegou fogo. Seis militares estavam a bordo e três deles morreram carbonizados no que restou da aeronave. Outros três ficaram feridos, dois deles em estado considerado grave.

Até o fim da noite passada, a Polícia de Icapuí não tinha obtido informações sobre a identidade completa dos mortos. Foram divulgados apenas os nomes de ´guerra´ dos militares falecidos: Nogueira, Lourenço e Cambeto.

Em nota oficial sobre o fato, colocada em seu site, por volta das 19 horas, a FAB, através de seu Centro de Comunicação Social (Cecomsaer), lamentou o acidente, mas não divulgou a lista oficial dos tripulantes.

Já os três feridos foram identificados como tenente-aviador Fábio Marinho Freire, 30, que era o piloto do helicóptero; sargento André Luiz Barbosa, 38; e sargento Ernesto Francisco Barreta Júnior, 38. Todos eram destacados na Base Aérea de Belém (PA) e estavam no Nordeste participando da ´Operação Cruzeiro do Sul´ (Cruzex IV), uma guerra simulada envolvendo as Forças Armadas.

Os três feridos foram atendidos, inicialmente, no Hospital Municipal Maria Idalina R. de Medeiros, em Icapuí. Depois, transferidos em duas ambulâncias do Samu para a cidade de Aracati. Dali, foram transportados para a Capital em helicópteros do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).

Queimaduras

O primeiro a chegar ao IJF-Centro foi o sargento Ernesto Francisco Barreta Júnior, considerado o ferido mais grave. Seu traslado para Fortaleza foi realizado pelo helicóptero ´Fênix´, da Ciopaer. A aeronave teve que pousar em plena Praça da Bandeira, onde PMs fizeram o isolamento e três ambulâncias do Samu (entre elas, uma UTI Móvel) aguardavam os feridos. O militar deu entrada na Emergência com suspeita de trauma na bacia, além de apresentar queimaduras químicas. Segundo os médicos, ele se queixava de dores que não cediam a analgésicos de alta potência. O segundo ferido mais grave é o sargento André Luiz Barbosa.


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Tripulante ferido: por volta das 19h30, o primeiro ferido chegou a Fortaleza num helicóptero da Ciopaer. Era o sargento Ernesto, que sofreu traumas e queimaduras (Foto: Kid Júnior)


Aparelho desceu fazendo um ´parafuso´

Fonte: Diário do Nordeste - Fernando Ribeiro/Fernando Brito/Karoline Viana - Editor/Especial para Polícia/Repórter

Eram aproximadamente 16h15 quando os moradores da comunidade de Berimbau ouviram um barulho forte e diferente que vinha do céu. Era o helicóptero da FAB que despencava no ar. Segundo o relato de testemunhas, provavelmente a aeronave apresentou uma pane e o piloto tentou fazer um pouso de emergência, mas o helicóptero entrou em ´parafuso´, girando sem controle e perdendo altura, até cair num descampado.

Em seguida, o fogo tomou conta do aparelho. O piloto, tenente-aviador Fábio Marinho, contou no hospital de Icapuí que ainda teve tempo de pular da aeronave. Quando o helicóptero já estava no solo, ele conseguiu resgatar ainda dois colegas de farda, os sargentos Barbosa e Barreta. Os outros três militares não tiveram a mesma sorte. Presos pelos cintos de segurança, foram envolvidos pelo fogo e morreram carbonizados.

O que restou do helicóptero foi apenas uma parte da cauda, que se desprendeu do restante do aparelho no momento da queda. A fuselagem, porém, virou cinzas, assim como praticamente os corpos dos três militares. Somente hoje a Perícia deverá autorizar a retirada dos restos mortais do local.

Socorro

O chefe da unidade policial de Icapuí, inspetor Moreira, informou que, tão logo a notícia sobre a queda do helicóptero se espalhou na cidade, uma patrulha do destacamento da PM, comandada pelo cabo Lins, se dirigiu ao local. Uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar, do quartel de Aracati, e duas ambulâncias do Samu foram imediatamente deslocadas até a comunidade de Berimbau. “Infelizmente, temos a notícia de que três corpos estão carbonizados no local da queda do helicóptero”, disse Moreira ainda à tarde.

Os moradores de Berimbau disseram aos repórteres do Diário do Nordeste , que, nos últimos dias, muitos aviões e helicópteros sobrevoavam a área, em vôos muito baixos, deixando a população assustada.

Por sorte, segundo eles, o helicóptero se espatifou numa área cercada por cajueiros e carnaúbas, mas as casas mais próximas ficam a cerca de 500 metros dali. ´Por pouco não aconteceu uma tragédia ainda maior”, disse uma moradora ainda nervosa.

Até a noite passada, dezenas de curiosos permaneciam em volta do local onde o helicóptero caiu. Militares da Base Aérea de Fortaleza chegaram a Icapuí, no começo da noite passada, e isolaram a área.

Avião

O penúltimo acidente aéreo neste Estado ocorreu na noite de 9 de abril passado, quando o bimotor de prefixo PT-RBS, pertencente à empresa Ceará Táxi Aéreo, caiu na Serra do Carrasco, entre os Municípios de Novo Oriente e São José do Tapuio, na divisa entre o Ceará e o Piauí. Os dois tripulantes da aeronave, identificados como Fernando Antônio Chagas Abreu, 50 (piloto); e Augusto César Nóbrega, 51 (co-piloto), tiveram morte imediata.

NOTA: Será que o que motivou a queda da aeronave seria a perda do rotor de calda? Aliás a calda foi uma das poucas partes do helicóptero que restaram, junto com o rotor de calda que pelas fotos não está preso a calda.



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Não sobrou quase nada do helicóptero. O fogo destruiu a aeronave e três tripulantes morreram carbonizados (Foto: JOÃO LUÍS)

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Apenas um pedaço da cauda e do motor foram recolhidos pelos técnicos da Aeronáutica (Foto: JOÃO LUÍS)


Identificados militares mortos no acidente

Fonte: Diário do Nordeste - Fernando Ribeiro Editor

Restos mortais dos tripulantes já estão no IML da Capital. Peritos iniciaram investigações da queda do helicóptero

Os restos mortais dos três tripulantes do helicóptero da Força Aérea Brasileira (FAB), que caiu no Município de Icapuí (a 202Km de Fortaleza), na tarde de sexta-feira, já estão no Instituto Médico Legal da Capital e serão submetidos a exames periciais, incluindo o de DNA para a comprovação oficial das identidades. Durante a madrugada, oficiais da Aeronáutica solicitaram da Polícia Civil a expedição de guias cadavéricas e identificaram os mortos.

Conforme o chefe da Unidade Policial de Icapuí, inspetor Raimundo Moreira da Silva, os mortos no acidente aeronáutico foram: Leonardo Lourenço Barbosa, 25 (tenente); Lamberto Morais Ferreira, 46 (suboficial) e Ulisses Nogueira Rego, 26 (tenente). Eles pertenciam ao Esquadrão Falcão, sediado na Base Aérea de Belém (PA), e participavam dos exercícios de guerra simulada - a ´Operação Cruzeiro do Sul IV´ - no Ceará e Rio Grande do Norte.

Os restos mortais dos três tripulantes - que morreram carbonizados - foram recolhidos no local do desastre, na comunidade de Berimbau, por volta de uma hora da madrugada de sábado. A princípio, seriam levados para o Núcleo de Ciências Forenses de Quixeramobim, mas, pela necessidades de exames mais apurados, o Comando da Base Aérea de Fortaleza solicitou que os restos mortais fossem encaminhados ao Instituto Médico Legal da Capital. Peritos da Aeronáutica acompanham o trabalho de necropsia realizado pelos médicos legistas do IML.

Feridos

Dos três tripulantes que sobreviveram ao desastre com o helicóptero, somente um permanece no Instituto Doutor José Frota. Um deles, o oficial Fábio Marinho Freire, teve ferimentos leves e está sendo acompanhado pela equipe médica da própria Base Aérea. O sargento Ernesto Francisco Barreta Júnior, 38, sofreu queimaduras e deu entrada no IJF com suspeita de trauma na bacia. Outro ferido grave, o sargento André Luiz Barbosa, 38, foi transferido para um hospital particular da Capital.

Ontem, dois helicópteros da FAB pousaram na cidade de Icapuí com oficiais da Aeronáutica. São peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que serão os responsáveis pela apuração das causas do acidente.

Durante toda a madrugada, o local onde o helicóptero caiu permaneceu isolado por soldados da Base Aérea de Fortaleza. Pela manhã, os peritos fizeram medições, fotografaram e filmaram a cena do desastre e recolheram todas as peças que sobraram da aeronave. Apenas um pedaço da cauda estava intacto. A fuselagem ficou completamente destruída por conta do incêndio que atingiu a aeronave, causando a morte de três dos seis ocupantes.

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Perícia técnica: a análise das peças pode revelar o que causou a queda do helicóptero que voltava de Natal (Foto: J. Luís)

Peças da aeronave já estão na Base

Fonte: Diário do Nordeste

Peritos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos reiniciam, na manhã desta segunda-feira, as análises no que restou do helicóptero modelo H1H, de prefixo 8352, da Força Aérea Brasileira (FAB), que caiu, na tarde da última sexta-feira, no Município de Icapuí, no Litoral Leste do Estado (a 202Km de Fortaleza).

As peças recolhidas pelos peritos no local do acidente já estão no pátio interno da Base Aérea de Fortaleza e serão submetidas a várias análises periciais. O material assim como o local da queda da aeronave já foram filmados e fotografados. Segundo o tenente Carlos Eduardo Goulart, não há prazo definido para que os peritos do Cenipa concluam o laudo.

No IJF-Centro permanece internado o sargento Ernesto Francisco Barreta Júnior. Segundo os médicos, ele sofreu queimaduras de primeiro, segundo e terceiro graus. Seu estado é considerado grave e ele permanece na Unidade de Terapia Intensiva do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ). No sábado ele foi operado da bacia. O major André Luiz Barbosa Topini deverá ser transferido, nas próximas horas, para o Hospital Militar da Aeronáutica, na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro. Já o sargento Fábio Marinho Freire recebeu alta, ontem, no Hospital Antônio Prudente.

Mortos

Os restos mortais dos três militares falecidos na queda do helicóptero continuam no IML. Capital. Morreram os tenentes Leonardo Lourenço Barbosa, 25; e Ulisses Nogueira Rego, 26; além do suboficial Lamberto Morais Ferreira, 46, todos destacados na Base Aérea de Belém (PA).
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Acidente militar - Corpos carbonizados são identificados

A Aeronáutica já dispõe dos nomes de todos os tripulantes que estavam no helicóptero H-1H que caiu em Icapuí. Os militares investigam agora qual teria sido a causa da queda

Fonte: Jornal O Povo - Ricardo Moura - enviado a Icapuí

Os nomes dos militares mortos carbonizados após a queda de um helicóptero H-1H, da Força Aérea Brasileira (FAB), no município de Icapuí, distante 202 quilômetros de Fortaleza, foram divulgados na manhã deste sábado. São eles: os tenentes Ulisses Nogueira Rego e Leonardo Lourenço Barbosa; e o suboficial Lauberto Ferreira. A aeronave pertencia à Base Aérea de Belém (PA).

De acordo com informações da Polícia Militar, os corpos foram removidos do local do acidente por volta da 0h30min de sábado e encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Fortaleza. Eles estavam presos às ferragens, o que dificultou a retirada. Os militares mortos deverão agora ser levados para a Base Aérea de Belém.

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica, irá investigar as causas da queda da aeronave. Na manhã de ontem, uma equipe de militares fez uma varredura na região para fotografar e calcular qual teria sido a trajetória do H-1H. Peças como o motor traseiro e a deriva vertical foram encontradas a dezenas de metros do lugar em que o helicóptero caiu.

O tenente Carlos Eduardo Goulart, da Base Aérea de Recife, é um dos responsáveis pela coleta dos indícios. Segundo ele, embora não haja um prazo determinado para a conclusão do relatório, a expectativa é que se possa ter uma resposta sobre o que aconteceu no menor tempo possível. No fim da tarde deste sábado, um caminhão era aguardado para fazer o transporte das peças e do que restou da aeronave para a Base Aérea de Fortaleza.

Moradores do Bairro Berimbau, onde ocorreu o acidente, afirmam ter visto bombas e armas caindo do helicóptero. Alguns dos artefatos teriam explodido. Isso fez com que a dona-de-casa Valdênia Rebouças acreditasse tratar-se de uma perseguição policial. A aeronave fez diversas voltas sobre a casa dela.

Antes da queda, ela acrescenta, um dos militares teria feito sinal para que se afastasse. "Corri atrás dos meus dois filhos e saí gritando para avisar minha família. Eu tinha acabado de pegar as roupas e pensei que o barulho fosse da Polícia atrás dos bandidos", revela a dona-de-casa. O susto foi tão grande que ela chegou a desmaiar.

A mãe de Valdênia, a costureira Gorete Rebouças, viu duas peças caírem do helicóptero. Um dos artefatos seria uma arma grande. A outra peça ela não soube precisar o que era. A costureira negou que a aeronave tenha chegado a sobrevoar a sede do município.

Feridos
No IJF-Centro continuam internados dois dos três feridos com a queda do helicóptero em Icapuí. O sargento Ernesto Francisco Bereta é o que se encontra em estado mais grave, conforme boletim médico divulgado na manhã de sábado. O sargento Bereta apresenta queimaduras de 1º, 2º e 3º graus, e está na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Centro de Tratamento de Queimados (CTQ), respirando com ajuda de aparelhos.

O major André Luiz Barbosa Topini, que também sofreu queimaduras em 40% do corpo, está internado na unidade de recuperação do CTQ, enquanto o sargento Fábio Marinho Freire foi transferido para o Hospital Antônio Prudente. Ele deixou o IJF-Centro com queimaduras em 45% do corpo. Depois que recebeu o paciente, o Hospital Antônio Prudente, não informou o quadro clínico do militar.
(Colaborou Flávio Pinto)

Acidente atrai multidão

O acidente ocorrido com o helicóptero da FAB é o principal assunto nas rodas de conversa na cidade. A fileira de moto e bicicletas na estrada de terra que dá acesso ao terreno em que ocorreu a queda revela que a área tornou-se uma atração para muita gente. Curiosos de várias partes do município e até de outros estados decidiram subir os areais para ver de perto o que só costumam assistir na TV.

O professor Claucidário Néri de Morais, 39, é um deles. Ele reside em Mossoró (RN), localizado a 54 quilômetros de Icapuí, e aproveitou uma visita familiar para levar a mulher e o filho de um ano e dez meses ao cenário da tragédia. "Fiquei curioso e vim ver. Nunca tinha visto um acidente de helicóptero antes. A gente cria uma expectativa, o que é novo causa uma sensação curiosa", afirma.

A garçonete Cristiene dos Santos, 22, estava se arrumando para ir trabalhar quando ouviu o barulho da aeronave. "Pensei que a casa fosse cair e pulei a janela, com medo. Depois da queda, ele explodiu uns três ou quatro minutos depois. Quando vi o fogaréu, pensei que não tivesse sobrevivido ninguém. Ver um acidente assim pessoalmente é um choque. É completamente diferente de ver pela TV".

Em tempos de informação instantânea, a quantidade de registros de vídeo ou fotográficos do acidente impressiona. Seja por meio de câmera ou do celular, há sempre alguém oferecendo imagens do ocorrido. O número é semelhante ao de teorias sobre a causa da queda. A lista de possibilidades vai do tempo de uso da aeronave (considerada velha) até a colisão com um urubu, em pleno céu.


EM VÍDEO: