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China acusa EUA de distorcer dados sobre seu desenvolvimento militar

O Globo - Agências internacionais

PEQUIM - Pela terceira vez em um mês, China e Estados Unidos voltaram a entrar em choque, nesta quinta-feira, quando o Ministério de Relações Exteriores chinês acusou o governo americano de distorcer os fatos em um relatório de seu Departamento de Defesa. Apresentado na quarta ao Congresso dos EUA, o documento alerta para o desenvolvimento militar da China e afirma que o país continua produzindo mísseis de curta distância e ameaçando Taiwan, além de não ser transparente sobre suas atividades. O porta-voz da Chancelaria chinesa, Qin Gang, afirmou que as críticas dos EUA revelam a mentalidade da Guerra Fria e podem prejudicar as relações entre os dois países.

"Lamentamos que a falácia da suposta ameaça chinesa continue. É uma interferência em nossos assuntos internos"

- Nós sugerimos que os Estados Unidos respeitem os fatos, desistam do pensamento da Guerra Fria e dos preconceitos, parem de divulgar este tipo de relatório militar sobre a China e encerrem estas acusações sem fundamento contra a China, para evitar futuros danos nas relações entre os dos países e as duas Forças Armadas - disse o porta-voz chinês, em entrevista coletiva. - Lamentamos que a falácia da suposta ameaça chinesa continue. É uma interferência em nossos assuntos internos.

O relatório do Pentágono é o primeiro a ser divulgado durante o governo do presidente americano, Barack Obama, que já enfrentou outros problemas com a China. Há duas semanas, o Pentágono acusou embarcações chinesas de "incomodarem" um de seus navios de vigilância oceânica, levando Obama a enviar destróieres para a região. Em fevereiro, Pequim acusou Washington de querer ser o "guardião dos direitos humanos", após a divulgação de um relatório americano com críticas ao governo chinês.

O novo relatório do Pentágono, segundo a rede de TV CNN, não cita o recente incidente naval, mas afirma que a China está aumentando a restrição ao acesso de outros países a rotas de navegação internacionais. O documento também afirma que a construção de uma base naval na ilha de Hainan permite o envio oculto de submarinos para o Mar do Sul da China. O Pentágono diz ainda que o governo chinês está aumentando sua capacidade de guerra nuclear, espacial e cibernética.

"A transparência limitada sobre os assuntos militares e de segurança da China cria riscos à estabilidade"

"Há muita incerteza em relação ao rumo futuro da China, especialmente no tocante a como pode ser usado seu poderio militar crescente", diz o relatório. "A transparência limitada sobre os assuntos militares e de segurança da China cria riscos à estabilidade, ao gerar incerteza e elevar o potencial de erros de compreensão e cálculo".

A China afirma que busca apenas a paz e a capacidade de autodefesa. O porta-voz da chancelaria alegou ainda que outras nações exageram a "ameaça chinesa" para cumprir seus próprios objetivos políticos e militares.


China diz que EUA precisam perder mentalidade de "Guerra Fria"

Fonte: Mediacom


China diz que EUA precisam perder mentalidade de "Guerra Fria"

China costuma criticar relatório anual do Pentágono

O governo chinês criticou nesta quinta-feira o relatório do Pentágono que afirma que o poderio militar da China estaria afetando o equilíbrio militar na Ásia.

Um porta-voz do Ministério do Exterior chinês disse que se trata de uma "grande distorção dos fatos" e pediu o fim da "mentalidade da Guerra Fria".

Em seu relatório anual para o Congresso americano, o Pentágono afirmou que a China está desenvolvendo tecnologia nuclear, espacial e cibernética que pode levar a "divisões" na região.

De acordo com o Pentágono, essas tecnologias poderiam ser usadas em disputas territoriais na Ásia.

O governo chinês também voltou a ser criticado pela falta de transparência na divulgação de seus gastos militares e política de segurança.

"O relatório divulgado pelos Estados Unidos continua a destacar a falácia da ameaça militar chinesa", disse à imprensa o porta-voz chinês Qin Gang.

Segundo ele, o governo chinês já se queixou ao governo americano e pediu a Washington que "cesse a mentalidade de Guerra Fria... para evitar novos danos à relação entre os dois países e os dois Exércitos".

A tensão entre China e EUA aumentou no início do mês, depois de um confronto entre navios da marinha chinesa e americana na zona econômica exclusiva de Hainan, quando a China acusou os Estados Unidos de espionagem.

Projeção de poder?
Segundo o relatório do Pentágono, a China vem conseguindo aumentar seu arsenal de armas sofisticadas, mas a capacidade chinesa de sustentar seu poder militar à distância permanece limitado.

Algumas dessas novas armas poderiam audar a China a participar de missões de paz internacionais, humanitárias e anti-pirataria, admite o relatório, mas elas também podem permitir à China "projetar poder e garantir acesso a recursos que reforçariam suas reivindicações sobre territórios disputados".

Segundo o Pentágono, a China estaria desenvolvendo armas que poderiam desativar satélites espaciais de países inimigos, por exemplo, além de estar aumentando sua capacidade de armas eletromagnéticas e cibernéticas e continuar a modernizar sua capacidade nuclear.

O relatório também aponta o aumento de mísseis de curta-distância sendo colocados do outro lado de Taiwan, apesar de ter diminuído a tensão com a China nos últimos meses.

Apesar de elogiar o crescimento de uma China próspera, estável e pacífica, o relatório afirma que "há muita incerteza em torno do futuro caminho da China, particularmente sobre como esta expansão militar pode ser usada".

O relatório ainda estima que os gastos militares da China em 2008 foram praticamente o dobro de dez anos atrás.

O governo chinês insiste que esses gastos são exclusivamente para fins de defesa e são pequenos se comparados aos americanos.

A China já havia reclamado de relatórios anteriores do Pentágono que colocam o país como ameaça militar, apesar de o governo chinês estar comprometido com "um crescimento pacífico".

Segundo o especialista em Defesa e Segurança da BBC Rob Watson, as forças armadas chinesas estão deixando de ser um Exército pobre, de camponeses, para se tornar uma força militar moderna e cada vez mais sofisticada, mas permanecem dúvidas sobre seu nível de treinamento e coordenação, bem como sobre sua capacidade de guerra.


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China: ameaça ou oportunidade?

Por Hsieh Yuan* - CCIBC


A China, conhecida nos anos 70 como Dragão Adormecido, despertou e, ao longo das ultimas duas décadas, apresentou atividade econômica intensa, acumulando resultados positivos e conquistando gradativamente posições político – econômicas antes limitadas aos países do G7.
Vivendo o momento mais favorável em toda sua história, a China, apesar de ainda preservar valores originados do sistema comunista, segue em direção à convergência de ações com a iniciativa privada nas esferas internacional, Estado Central, província e município. Sendo assim, verifica-se o desenvolvimento do setor de matéria prima bruta e processada, além da aquisição de marcas globais de alta tecnologia – um exemplo é a compra da divisão de PC’s da IBM pela Lenovo.

Sendo assim, o sistema financeiro, focado no desenvolvimento econômico do país, adota medidas sólidas, visando os resultados a médio e longo prazo. O mesmo pode-se dizer a respeito da política de comércio internacional, que mesmo mantendo alguns valores protecionistas, apresenta uma equipe experiente de negociadores e defensores da quebra de barreiras comerciais. Outro ponto a favor da economia chinesa é o crescimento constante de investimentos estrangeiros no país, considerado um dos principais alvos das multinacionais.

Entretanto, saciar o apetite do Gigante demanda ainda o desenvolvimento de determinados setores, como Agricultura e Energia. Neste cenário, encontra-se uma grande oportunidade para o Brasil se firmar como player importante no mercado global.

O setor com maior potencial de crescimento é o de Petróleo & Gás, localizado, principalmente, nas áreas de Tarim, Turpan e Hami no Centro Oeste do país. O desenvolvimento da plataforma submarina é outro foco de interesse dos países, uma vez que a China não apresenta conhecimento tecnológico suficiente para exploração em águas profundas.

A área de Agricultura, até então muito concentrada na região Sul, tende a se expandir rumo às áreas mais ao norte, gerando a necessidade por expressivos investimentos. Já no que se refere ao mercado de Recursos Naturais, há uma diversidade enorme de minérios em variados estágios de exploração – até hoje, mais de 150 reservas de diferentes tipos de minérios foram identificadas.

Hoje, a maior parte da energia consumida no país é proveniente do carvão, localizado em reservas estimadas em mais de 700 bilhões toneladas. Na busca em se identificar novas fontes, a construção de hidrelétricas ganha destaque, uma vez que o potencial hídrico é estimado em 600 milhões kilowatts.

Sob o aspecto do desenvolvimento industrial, é preciso focar na melhoria de eficiência das empresas estatais por meio dos processos de privatização, de desenvolvimento de novos negócios, e de migração das companhias baseadas na região costeira para o Centro-Oeste do país. A renovação da infra-estrutura, por meio de construção de estradas e aeroportos, também é outra demanda que deve ser saciada rapidamente.

Enfim, a situação chinesa apresenta reais oportunidades de negócios ao Brasil. Na área de agronegócios e de energia, na qual dominamos a tecnologia para exploração de petróleo em águas profundas, além de ter ajudado os chineses a construir a maior hidrelétrica do mundo. Em relação à privatização, o setor de telecomunicações nacional é resultado de um processo de sucesso.

* Hsieh Yuan é diretor da Prática Chinesa da KPMG no Brasil

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EUA já cogitam China como ameaça militar

da Folha Online

O rápido desenvolvimento militar e o acelerado ritmo de modernização das forças estratégicas da China podem promover uma concorrência do país com os Estados Unidos e representar uma ameaça contra outros países asiáticos, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pelo Pentágono.

No informe anual enviado ao Congresso americano, o Departamento de Defesa explicou que a habilidade da China em sustentar seu poder militar à distancia é limitada, mas que o país tem mais potencial que qualquer outra nação para competir militarmente com os Estados Unidos.

O relatório "Força Militar Chinesa 2006" indica que essa modernização segue tendo como alvo Taiwan, tradicional rival de Pequim, mas que as autoridades militares chinesas poderiam, com o projeto, visar também outros territórios.

"A modernização da força nuclear estratégica chinesa, a capacidade de negar acesso terrestre e marinho e as emergentes armas ofensivas de precisão têm o potencial de representar ameaças críveis a forças militares modernas que operam na região", assinala o documento.

Nos últimos anos, o governo chinês adquiriu mais aviões e armamento de longo alcance, sendo que a despesa militar do país cresceu em um ritmo anual acima de 10%.

Além disso, a China aumentou em cerca de 25 mil soldados o total de militares dispostos em três regiões costeiras próximas a Taiwan. Estas tropas terrestres receberam ainda o reforço de tanques, veículos blindados de transporte e artilharia.

A China considera Taiwan uma "Província rebelde" --embora funcione como um país autônomo-- e pleiteia sua reintegração desde 1949, quando o governo derrubado pela revolução comunista fugiu para a ilha. A entidade política não é reconhecida como Estado soberano pela ONU (Organização das Nações Unidas) e não faz parte das principais organizações internacionais.

Os EUA, que são o principal fornecedor de armamento para Taiwan, pediram cautela para que ambos os países não provoquem uma mudança da situação política sob o uso da força.

O Departamento de Defesa dos EUA acrescenta que as autoridades chinesas ainda devem explicar "o propósito ou os objetivos de sua expansão militar" e lamenta a falta de transparência no tema.

Nos últimos anos, o Pentágono expressou em várias ocasiões seu alerta pela modernização militar chinesa. No início de 2006, em seu relatório sobre estratégias a longo prazo, classificou o país asiático como a potência que mais poderia competir com os Estados Unidos do ponto de vista militar.

Nesta segunda-feira (22), o governo americano descartou o ingresso da China no grupo das oito principais potências industriais do planeta, o G8.

Em um comunicado, o Departamento de Estado dos EUA informou que "o G8 [Alemanha, Canadá, Reino Unido, EUA, França, Itália, Japão e Rússia] não considera sua expansão".

"Mantemos um ativo compromisso bilateral com a China nos âmbitos multilaterais adequados", acrescentou a nota.

Oposição na ONU

Entre os cinco países-membros do Conselho de Segurança (CS) da ONU com poder de veto, apenas a China e a Rússia têm se posicionado contrariamente à adoção de sanções contra programa nuclear do governo do Irã.

Os EUA, ao lado de seus aliados ocidentais no CS, concordam em impor sanções ao país persa como forma de punição pelo descumprimento das exigências da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica). Além disso, Washington ameaça realizar uma intervenção militar.

A China --um dos principais parceiros econômicos do Irã-- rechaçam qualquer ataque ao território iraniano e pregam a via diplomática como único meio para resolver a questão.

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China ameaça hegemonia americana

Fonte: Diário de Noticias Portugal

A China está a modernizar as suas forças armadas a grande velocidade e reforçou a cooperação militar com a Rússia. Esta evolução constitui um desafio aos Estados Unidos e representa um dos maiores problemas de defesa em toda a Ásia.

A emergência do poder militar chinês é um dos aspectos sublinhados no relatório ontem divulgado em Londres sobre o equilíbrio militar no mundo, da autoria do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sua sigla inglesa). O estudo aborda o fenómeno militar não apenas nas suas componentes estatísticas e dimensão de exércitos mas também no que respeita a vertentes financeiras, proliferação nuclear ou terrorismo.

Os autores afirmam, por exemplo, que o Ocidente deve modificar as suas estratégias militares, para poder enfrentar a natureza "assimétrica" dos conflitos contemporâneos. "Após o 11 de Setembro de 2001, os países desenvolvidos continuaram a basear os seus programas militares em cenários de tipo Guerra Fria, nos quais os combates seriam protagonizados por forças convencionais", pode ler-se no relatório. Segundo argumentam os autores, esta doutrina permitiu esmagar o exército iraquiano, mas tem fracassado no ambiente da ocupação do Iraque.

O terrorismo ocupa as principais preocupações do IISS, dado o impacto e violência dos atentados de Londres, em Julho, efectuados com meios relativamente rudimentares. Irão e Coreia do Norte são referidos no capítulo sobre proliferação nuclear. Afeganistão ou Iraque encerram outras questões que o relatório analisa em pormenor. Os autores consideram que o entusiasmo afegão pelo processo de democratização pode estar a diminuir e referem a alta instabilidade iraquiana (ver página anterior), devido ao crescente conflito entre as diferentes comunidades.

Sobre a Europa, o relatório do IISS sublinha as dificuldades que a administração internacional enfrenta no Kosovo, onde parece improvável que a sua estratégia venha a funcionar. Os albaneses do Kosovo continuam a maltratar a minoria sérvia e tornou-se claro que a província não será devolvida à Sérvia. Além disso, o ambiente económico é bastante mau.

Mas o maior conflito internacional, a prazo, poderá ser entre os países ocidentais e a China. As reformas militares chinesas têm um elevado grau de prioridade para Pequim, nomeadamente a obtenção de tecnologia que permita isolar Taiwan. Os peritos do IISS referem os testes de novos mísseis com alcance de oito mil quilómetros e mencionam o desenvolvimento de um sistema antimíssil "inteligente" que poderá dar à China uma vantagem inédita sobre os Estados Unidos e o Japão.