Foto mostra o avião Airbus A330-200, matrícula F-GZCP, que desapareceu nesta segunda-feira (1) sobre o Oceano Atlântico, estacionado no aeroporto George Bush, em Houston, no estado americano do Texas. (Foto: AP)

Veja a Cronologia dos contatos feitos pela aeronave:

- 19h30 (horário de Brasília) - a aeronave decolou do Aeroporto do Galeão

- 22h33 (horário de Brasília) - a aeronave realizou o último contato via rádio com o Centro de Controle de Área Atlântico (Cindacta III), na posição INTOL que está localizada a 565 quilômetros de Natal (RN). Neste ponto, a aeronave informou que ingressaria no espaço aéreo de Dakar, a 1.228 quilômetros de Natal, às 23h20 (horário de Brasília).

- 22h48 (horário de Brasília) - a aeronave saiu da cobertura radar do Cindacta III, de Fernando de Noronha. As informações indicavam que a aeronave voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 453 KT (840 quilômetros por hora).

- 23h20 (horário de Brasília) - este era o horário estimado para o novo contado da aeronave, o que não aconteceu. O Cindacta III informou a falta de contato ao Controle Dakar.

- 02h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira (dia 1º), o Salvero Recife acionou os meios de busca da Força Aérea Brasileira (FAB), com uma aeronave C-130 Hércules e uma P-95 Bandeirante de patrulha marítima, além do Esquadrão aeroterrestre de Salvamento (PARASAR).

- 8h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira (dia 1º) - a Air France informou ao Cindacta III que a aproximadamente 100 quilômetros da posição Tasil, a 1.228 quilômetros de Natal, o voo 447 enviou uma mensagem para a companhia informando problemas técnicos na aeronave (perda de pressurização e falha no sistema elétrico).




Voo 447 pode ter tido problemas em zona intertropical
Esta é uma região com formação de muitas áreas de instabilidade, com raios e tempestades

Cláudia Ribeiro, do estadao.com.br

Uma das possíveis causas para o desaparecimento do Airbus A330 da Air France, que saiu do Rio de Janeiro com destino a Paris, é a condição climática da região onde o avião teria desaparecido. Trata-se da chamada zona de convergência intertropical, onde há a formação de muitas áreas de instabilidade, com raios e tempestades.

De acordo com a meteorologista da Climatempo, Fabiana Weykamp, esta hipótese não pode ser descartada, mas ela destaca que esta zona de convergência intertropical é muito conhecida de pilotos e companhias aéreas. Portanto, esta instabilidade da região seria levada em conta no plano de voo da aeronave da Air France.

Fabiana lembra, contudo, que as fortes chuvas que atingiram Maranhão e Piauí nos últimos dias foram provocadas pela força da zona de convergência intertropical que se formou no norte do País nas últimas semanas. "Esta região tem a convergência de ventos alísios, o que diminui a pressão na região, favorecendo a formação de nuvens carregadas na direção do Equador. Dependendo da época do ano, esta zona de nuvens carregadas oscila acima ou abaixo do Equador", explica.

A meteorologista informa ainda que o topo desta região de instabilidade fica a 10 km do solo. No último contato feito pelo voo 447 da Air France, às 22h48 (horário de Brasília, a aeronave voava normalmente a 35.000 pés (11 quilômetros) de altitude e a uma velocidade de 453 KT (840 quilômetros por hora). O próximo contato deveria ter sido feito às 23h20 com o Cindacta III, o que não aconteceu.

Às 8h30 (horário de Brasília), desta segunda-feira, dia 1º, a Air France informou ao Cindacta III que a aproximadamente 100 quilômetros da posição Tasil, a 1.228 quilômetros de Natal, o voo 447 enviou uma mensagem para a companhia informando problemas técnicos na aeronave (perda de pressurização e falha no sistema elétrico).