O Brasil opera 56 AMXs (Denominados A-1 pela Força Aérea), que estão em processo de modernização. A Itália está interessada em atualizar mais de 100 dos seus aviões.

Afeganistão pode receber caças AMX excedente para apoio aéreo aproximado

By Vinna com informaloes do Milaz

A Alenia formalizou proposta para vender caças AMX excedentes da Força Aérea Italiana ao Corpo Aéreo do Exercito Nacional do Afeganistão - National Army Air Corps.

Consta da proposta submetida incialmente ao Governo Americano através da USAF que pelo menos 20 excedentes do Alenia/Embraer AMX (Ghibli como é conhecido na Itália) poderiam ser repassados ao Afeganistão no sentido de formar uma ala aérea especializada em apoio aéreo aproximado.


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Dois L-39 Albatros do Afghan National Air Corps. (foto: USAF)
Curioso como a camiflagem é similar a inicialmente proposta para a FAB (abaixo)


As aeronaves não devem ser submetidas a modernização e vem a “reboque” de uma proposta anterior de fornecimento de aviões de transporte G-222 já aceita e cujas primeira unidade já foi anunciada. No caso dos G-222 estes foram comprados pela USAF e repassados ao Corpo Aéreo do Exercito Nacional do Afeganistão.

Até agora, os oficiais da USAF não responderam formalmente a proposta da Alenia, entretanto foram levantadas preocupações acerca de como a manutenção da aeronave seria realizada no Afeganistão. A empresa respondeu com um “programa de assistência” denominado Atol sigla italiana para "upgrade da capacidade operacional e logística". Pelo menos 52 aeronaves da frota italiana de AMX serão submetidas a este up-grade.

Espera-se que o “ATOL” corresponda aos requerimentos da USAF acerca da manutenção dos AMX em solo afegão. Se a USAF aceitar a proposta italiana se efetivará o repasse destas aeronaves ao inventário da USAF e posteriormente ao Afeganistão (nos moldes do que ocorreu com os G-222) transformando o pais no primeiro cliente do AMX que não seja seus desenvolvedores.

O AMX surgiu com a proposta de desenvolvimento conjunto de Brasil e Itália de uma aeronave de ataque, envolvendo as empresas Alenia (46%), Embraer (30%) e Aermacchi (24%). A aeronave seria um monoposto capaz de superar a velocidade do som em mergulho. Basicamente teria duas versões: A versão brasileira, de maior autonomia e armamento pesado para ataques terrestres, e a versão italiana, com avionicos mais avançados. Foram construídos seis protótipos (dois no Brasil) e os ensaios de voô duraram três anos, entre 1984 e 1987.


Na Guerra de Kosovo, os AMX italianos voaram 252 missões de combate em apoio a OTAN, sem nenhuma perda. Os aviões italianos usaram bombas “burras” Mk.82, bombas guiadas a laser GBU-16 e bombas Mk.82 modificadas com kits de guiagem israelenses Elbit Opher, que as transformaram em bombas guiadas por infra-vermelho, permitindo aos AMX engajar alvos motorizados.

Os caças-bombardeiros italianos operaram no Kosovo, lançando suas bombas sobre alvos que tinham sido confirmados visualmente, evitando erros e fogo amigo. Os AMX foram seguidos muitas vezes por radares de sistemas de mísseis antiaéreos (SAM) SA-2 Guideline, SA-3 Goa e SA-6 Gainful, e outras vezes descobertos, mas não foi revelado quantos mísseis foram disparados contra eles.

Embora muito criticado antes da guerra pelos pilotos italianos, foi no Kosovo que o AMX foi elogiado até pelos americanos, que definiram o caça-bombardeiro como “eficiente, preciso e confiável”. O único ítem que deixou a desejar no avião foi o motor Rolls-Royce RB-168 Spey Mk.807, que produz muita fumaça e pouca potência. Várias perdas de AMX italianos aconteceram por causa de problemas com o motor.

Em 2006 a Embraer quase vendeu o AMX-T a Venezuela
entretanto a venda foi barrada pelo Governo Americano


Comenta-se que em combate aéreo, o AMX só seria capaz de fazer duas curvas de alto G para escapar de um missil interceptador. Depois disso, o avião perde toda sua energia e torna-se um alvo fácil. Cogitou-se remotorizar o AMX com a turbina Eurojet EJ200 sem pós-queimador, para melhorar a performance ar-ar e de decolagem do avião, mas o plano não foi adiante. No início de 2008, os AMX italianos foram modernizados pela segunda vez, por ordem judicial, por causa da investigação de um acidente ocorrido em 2005.


As perdas italianas em acidentes operacionais somam 12 AMX sinistros , com a morte de 5 pilotos. A Itália deverá modernizar 42 AMX monoplaces e 10 biplaces, com novo sistema de navegação INS/GPS, NVG, um novo MFD, novo HUD, Mapa Digital, IFF e comunicações melhoradas. A Itália planeja substituir seus AMX pelo F-35, a partir de 2015.