Saiba como é a vida dos atiradores de elite



Os exercícios no estande de tiros do Bope são repetidos à exaustão. O treinamento exige perícia, disciplina e preparo físico. Veja como é a rotina dos atiradores de precisão do Bope.


'É a antítese do 174', diz Cabral sobre ação da PM no assalto da Tijuca

Governador afirma que autonomia da polícia foi importante.
"O mérito é todo deles", disse Cabral sobre desfecho.

Do G1, no Rio

"É a antítese do 174”. Essa foi a definição do governador Sérgio Cabral para a ação da polícia militar no caso do assalto na Tijuca, Zona Norte do Rio, em que uma comerciante foi mantida refém por 40 minutos e o assaltante foi morto por um atirador de elite. Cabral comparou o caso ao sequestro do ônibus 174, ocorrido em 2000.

“Primeiro, o governador não se mete, o governador acompanha o processo, orienta o secretário, pede ao secretario e ao comandante da PM que enviem os melhores homens e que façam o melhor. O governador orienta e sustenta a política de segurança. Agora, tenho um grande secretário que é o Mariano Beltrame e um grande comandante da PM, grandes oficiais, soldados, cabos e sargentos preparados para isso. O mérito é todo deles. O meu único mérito foi dar independência e autonomia e dizer: façam o melhor para salvar a vida daquela refém", disse Cabral, segundo a assessoria do governo.

O comentário foi feito neste domingo (27), durante o anúncio do início das obras de construção da Delegacia Especial de Atendimento à Pessoa de Terceira Idade (DEAPTI), que será instalada na Rua Figueiredo Magalhães, em Copacabana, na Zona Sul.



Após mais de uma hora de tensão, um atirador de elite - que estava posicionado em um prédio em frente - matou o bandido que fazia uma mulher refém na Tijuca, na Zona Norte do Rio.

Comerciante encontrou atirador

A comerciante Ana Cristina Garrido, que foi feita refém durante o assalto na Tijuca, na sexta-feira (25), recebeu, no dia seguinte, a visita do Major Busnello, policial que deu o tiro certeiro no bandido: "Eu me sinto muito honrada em tê-lo aqui na minha casa, para poder agradecê-lo pessoalmente, porque graças a Deus e a ele estou aqui junto com a minha família", desabafou Ana Cristina.

Ela afirmou que foram momentos de desespero: "Ele só falava que ia explodir tudo, que ele só queria um carro para fugir, um táxi, uma ambulância, qualquer coisa, que ele ia me levar junto e só ia me soltar na comunidade".

Assaltante identificado

O assaltante foi identificado como Sérgio Ferreira Pinto Júnior, de 24 anos. De acordo com a delegacia que investiga o caso, 20ª DP (Vila Isabel), ele tinha duas passagens pela polícia.

A delegada Renata Rocha informou que as duas passagens foram de 2005 e 2008, por porte ilegal de armas e furto, respectivamente. Ela disse ainda que a identificação só foi possível porque o Instituto Félix Pacheco (IFP) tirou as impressões digitais e fez uma pesquisa.

O homem foi morto com um tiro quando fazia Ana Cristina de refém, do lado de fora de uma farmácia. O momento exato em que um policial atirou no assaltante, do último andar de um prédio, foi flagrado por um cinegrafista da TV Globo.

O atirador da polícia aproveitou o momento em que a refém se abaixou completamente, mas ainda entre os braços do assaltante, e disparou o tiro de fuzil na cabeça do criminoso, que morreu.

"O objetivo era sair com ele preso, mas como ele queria sair dali, começou a se demonstrar cada vez mais agressivo. Ele tirou o pino da granada a primeira vez, na segunda vez que ele ameaçou efetuar o lançamento da granada – e como é uma granada de guerra, a vítima e ele seriam atingidos – nós decidimos por neutralizar, que é da negociação tática", afirmou o comandante do 6º BPM (Tijuca), tenente-coronel Fernando Príncipe, argumentando o uso do atirador de elite.

Assaltante já tinha sido ferido

Segundo a polícia o criminoso já havia sido alvejado anteriormente no abdômen, antes de pegar a refém, quando ele ameaçou atirar a granada contra os policiais.

“A vítima estava fraca física e emocionalmente e ameaçava desfalecer. Ele já estava reclamando do ferimento no abdômen. Quando ele puxou novamente o pino, autorizamos o disparo”, disse o comandante.

Como tudo começou

Segundo a polícia, um carro que patrulhava a área percebeu a atuação do criminoso ao saltar de um carro para tentar assaltar uma kombi dos Correios. Com a chegada da polícia, ele tentou se infiltrar entre os pedestres, e ficou parado num orelhão.

A confusão começou quando ele foi abordado pela polícia e retirou a granada debaixo da camisa. Os três comparsas fugiram e a kombi dos correios seguiu viagem. No final da ação, policiais comemoraram e a população que estava próxima ao cordão de isolamento aplaudiu os agentes.