NASA testa lançamento do foguete Ares I-X

Paula Rothman, de INFO Online

Foguete de 100 metros que deverá substituir ônibus espaciais foi lançado com sucesso hoje.

Após os problemas de mau tempo que levaram ao adiamento do teste previsto para ontem, o Centro Espacil Kennedy, na Flórida, finalmente pode lançar o Ares I-X.

O foguete foi acelerado a cerca de 3Gs e chegou a Mach 4,76. Após seis minutos de vôo, alcançando 45 quilômetros de altura em apenas dois minutos, os para quedas se abriram e o Ares I-X pousou no mar, de onde será recolhido para análises.

Os testes forneceram à agência espacial dados para melhorar o design e a segurança das próximas gerações de veículos espaciais.

Este é o primeiro teste do Programa NASA Constellation, cujo objetivo é transportar astronautas à Estação Espacial Internacional depois que os ônibus espaciais forem aposentados, o que deve acontecer até meados do ano que vem. Além disso, outra meta importante é levar o homem a destinos além da órbita terrestre.

Estima-se que o teste de hoje do Ares I-X tenha custado aos cofres americanos US$445 milhões.

Foguete Ares I-X é posicionado da rampa de lançamento 39B, no Cabo Canaveral

Nasa realiza teste "bem-sucedido" de protótipo de foguete

Da EFE - Via G1

A Nasa (agência espacial americana) qualificou hoje como bem-sucedida a prova do protótipo do foguete "Ares I", que alcançou uma altura de 45.600 metros em seis minutos de teste, com um custo de US$ 445 milhões.

O lançamento de "Ares I-X", com quase 100 metros de comprimento, foi realizado às 13h30 (horário de Brasília) da rampa 39B do Centro Espacial Kennedy, no sul da Flórida, e subiu rumo à direção leste até que alcançou uma velocidade 4,6 vezes maior que a do som.

Dois minutos depois do lançamento e quando o aparelho estava a quase 42 mil metros sobre a superfície do mar, o tanque de combustível sólido se separou, acionou seus paraquedas e desceu no Oceano Atlântico, a 240 quilômetros a leste da Flórida, onde será recuperado por navios americanos para inspeção.

O segundo segmento do protótipo - que no foguete real também estará carregado de combustível - e uma seção que simulou a cabine na qual viajarão astronautas continuaram em trajetória parabólica até 45 mil metros de altura, mas não serão recuperados após sua queda perto de uma região a cerca de 250 quilômetros a leste da Flórida, também no mar.

"Este foi um passo enorme rumo às metas de prospecção da Nasa", disse o diretor de sistemas de missão da agência, Douglas Cooke.

"A prova do 'Ares I-X' proporciona à Nasa uma grande quantidade de dados que serão usados para melhorar o desenho e a segurança da próxima geração de veículos espaciais americanos, que poderão levar os seres humanos novamente além das órbitas baixas da Terra", disse Cooke.

O "Ares I", que é o segundo foguete mais alto fabricado pelos Estados Unidos desde o "Saturn V", que levaram as cápsulas tripuladas do programa Apolo na exploração da Lua há quatro décadas, é crucial para os planos de prospecção da Nasa.

A agência retirará de serviço em 2010 o restante de sua frota de naves espaciais que estiveram à frente das missões orbitais nas últimas décadas, e a Nasa retornará ao sistema de lançamento de cápsulas com foguetes descartáveis.

A princípio, o "Ares I" colocará em órbita as cápsulas "Orion" em missões de órbita baixa da Terra e visitas à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), um complexo de mais de US$ 100 bilhões no qual participam 16 nações.

O "Ares I" também faz parte dos planos da Nasa para retomar a prospecção humana na Lua para o ano 2020.

A prova do protótipo "Ares I-X" foi efetuada com um dia de atraso, já que a Nasa precisava de boas condições de visibilidade para que os técnicos fotografassem e filmassem todos os detalhes do lançamento e trajetória do foguete. Durante dois dias as condições meteorológicas foram instáveis.

O lançamento foi adiado seis vezes no primeiro dia, e outras cinco no segundo, até que os meteorologistas encontraram um período propício, de alta visibilidade e de baixos ventos.

A presença de nuvens altas também era causa de preocupação da Nasa, já que quando um foguete atravessa esse tipo de formação pode causar um fenômeno no qual a eletricidade estática pode danificar os instrumentos a bordo.

Depois do teste bem-sucedido, a Nasa ainda aguardará as decisões do Congresso e do Governo do presidente Barack Obama sobre o futuro da prospecção americana no espaço.

Alguns críticos da agência sustentam que a Nasa deveria dar por terminado todo o programa "Ares" e buscar foguetes propulsores no setor privado.