Índia adia sua decisão na competição MRCA por mais um ano

A agência de notícias Bloomberg divulgou hoje a notícia que a Índia está adiando sua decisão para aquisição de 126 Aeronaves de Combate Multi-missão Médio (MRCA), num contrato avaliado em mais de US$ 10 bilhões com a Força Aérea da Índia, o maior em 15 anos.

As avaliações em voo ainda continuam com os principais competidores: o Boeing F/A-18 Super Hornet, o Lockheed Martin F-16IN, o Saab Gripen, o Dassault Rafale, o Eurofighter Typhoon e o Mikoyan MiG-35.

De acordo com a reportagem, as propostas originais expiram hoje e a Força Aérea da Índia corre o risco de ter um custo adicional de cerca de US$ 1 bilhão se as fabricantes tiverem que enviar novas propostas, de acordo com o Ministério da Defesa da Índia, o qual está dando aos competidores um ano adicional. “Eles tem a opção de aumentar ou diminuir os valores,” disse o porta voz do ministério Sitanshu Kardo.

A falha da Índia em escolher a aeronave dentro do prazo planejado de dois anos “destaca que esse é de longe o maior e mais complexa compra de armas que a Índia já efetuou,” disse Suman, que monitora as requisições de armas para Confederação das Indústrias da Índia.

Avaliações das aeronaves e Respostas dos fabricantes

A Força Aérea da Índia conduziu avaliações em voo com os seis competidores numa pista em alta altitude próxima a Leh, nos Himalaias, numa base no deserto, no estado de Rajasthan e no clima tropical de Bangalore, disse Kar. Segundo Kar, “os testes devem terminar em breve, provavelmente no final de maio.”

A Força Aérea “passará para o governo uma lista com duas ou três opções que atendam as necessidades técnicas, e então a decisão será tomada pelos meios políticos,” disse Roy-Chaudhury.

A fabricante Boeing, do caça F/A-18 Super Hornet, e a Lockheed-Martin, a qual fabrica o caça F-16, podem se beneficiar do desejo da Índia de aumentar os acordos estratégicos com os Estados Unidos.

A Lockheed-Martin “planeja melhorar sua proposta comercial para garantir o melhor custo benefício para Índia,” disse o porta-voz da empresa John Giese. A Boeing está “trabalhando para oferecer uma resposta adequada” para requisição da Índia, após a extensão da concorrência, disse o porta-voz da empresa Brian Nelson.

A fabricante sueca Saab AB não fará alterações na sua proposta para venda do caça Gripen, disse Eddy de la Motte, que comanda a campanha da empresa na Índia. Os outros fabricantes – a francesa Dassault, a russa United Aircraft, e a europeia EADS, não quiseram comentar seus planos.

Fonte: CAVOK