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Países da Otan estudam modernização da Aliança Atlântica

Os ministros das Relações Exteriores da Otan debateram nesta quinta-feira a modernização de uma Aliança Atlântica ainda marcada pela Guerra Fria, e que precisaria de mais leveza em suas estruturas e um sistema de defesa antimísseis complementar à dissuasão nuclear.

Os Estados Unidos "querem uma aliança mais eficaz e afiada", declarou um funcionário americano à imprensa em Tallinn, na Estônia, ao lado da secretária de Estado Hillary Clinton.

A França e o Reino Unido desejam igualmente que a Otan, que sofre de uma congestão de comitês de todos os gêneros, siga um regime de emagrecimento, resumiu um diplomata europeu.

O secretário-geral, Anders Fogh Rasmussen, propôs um sistema de "financiamento comum", mais ambicioso.

Admitiu, no entanto, que os países que pagam mais por sua defesa não querem contribuir mais.

Ao final desta quinta-feira, Rasmussen estimou que a Otan havia conservado seus "quartéis-gerais da Guerra Fria", muito pesados para as operações atuais, do tipo expedicionário, como no Afeganistão.

A questão nuclear e a defesa antimíssil devem ser abordadas em seguida, durante um jantar de trabalho.

Cinco países aliados - Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Noruega e a Holanda - pediram que a questão nuclear estivesse na agenda da reunião de Tallinn, sem esconder seu desejo de que fossem retiradas as bombas atômicas americanas ainda armazenadas na Europa.

Os Estados Unidos preferem, primeiro, negociar uma retirada paralela de numerosas armas táticas russas com Moscou, em seguida ao tratado Start II recentemente concluído sobre a redução dos armamentos estratégicos dos dois países.

Não é o caso de retirar unilateralmente as 240 bombas, próprias para serem lançadas de aviões, que estão em cinco países (Alemanha, Bélgica, Holanda, Itália e Turquia), defendem alguns aliados - mesmo porque estes engenhos são considerados ultrapassados 20 anos após o fim da Guerra Fria.

Outras nações da Europa Oriental e Central defendem sua retirada porque simbolizam, para eles, o guarda-chuva atômico americano, comentou um diplomata europeu.

O chefe da diplomacia alemã, Guido Westerwelle, partidário declarado de uma retirada das bombas atômicas de seu país, afirmou em Tallinn "que já era tempo de fazer avançar o desarmamento, aí compreendido o nuclear".

A versão final do documento, que não apresenta modificações profundas desde 1999, deverá, depois, ser submetido a uma reunião de cúpula da Otan no final de novembro, em Lisboa.

Fonte: AFP