O governo chinês fez uma advertência nesta sexta-feira (26) contra as manobras militares conjuntas que Estados Unidos e Coreia do Sul pretendem iniciar no próximo domingo (28), e que aconteceriam na zona econômica exclusiva da China - extensão do mar sobre a qual o país têm direitos em questões ligadas a alfândega, saúde, imigração, portos e circulação.


O USS George Washington, um dos super porta-aviões nucleares da Marinha dos EUA e está se dirigindo desde quarta-feira para o litoral coreano, um dia depois de a Coreia do Norte ter disparado contra uma ilha sul-coreana. O porta-aviões USS George Washington, movido a energia nuclear e levando 75 aviões de guerra e 6.000 tripulantes.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Hong Lei, disse que o exercício conjunto não foi autorizado.

- Somos contrários a qualquer ação militar não autorizada dentro da zona econômica exclusiva da China.

O exercício militar deve acontecer apenas cinco dias depois do ataque norte-coreano à ilha de Yeongpyeong, pertencente à Coreia do Sul, que deixou quatro mortos - dois militares e dois civis.

Para o Ministério das Relações exteriores da China - tradicional aliado dos norte-coreanos -, as manobras de americanos e sul-coreanos não contribuem para trazer a região de volta à estabilidade.

- A situação atual na península coreana é complicada e sensível, todas as partes devem mostrar moderação, trabalhar a favor da distensão, da manutenção da paz e da estabilidade da península, e não o contrário.

Pela primeira vez desde a Guerra da Coreia (1950-1953), a Coreia do Norte bombardeou uma ilha sul-coreana, provocando quatro mortos e 20 feridos. O Exército da Coreia do Sul respondeu com disparos.

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Fonte: R7