O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, recebeu quarta-feira em seu gabinete o vice-presidente da Boeing, Joseph McAndrew, o diretor da empresa na América Latina, Thomas DeWald, e o representante da empresa no Brasil, Norbert Gehr. Os executivos americanos apresentaram o projeto do FA-18 Super Hornet, que disputa o contrato para o fornecimento do novo avião de combate da FAB (Força Aérea Brasileira) com outras duas empresas.

O chefe do executivo agradeceu a visita e desejou sorte à companhia no processo de disputa. Também afirmou o interesse de trazer investimentos para a cidade e região. Marinho garantiu estar em sintonia com o presidente Lula quanto à análise de transferência, pelas companhias concorrentes, de tecnologia, desenvolvimento de novos produtos e geração de empregos para o País.

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Super Hornet F-18
Fabricante Boeing (EUA)
Raio de combate 1.800 km
Velocidade máxima 2.100 km/h
Motores 2 (GE 414)
Peso máximo de armamentos 8 toneladas
Ponto forte: É o mais testado. Foi muito usado no Afeganistão, Bosnia e Iraque e está sendo produzido em larga escala, a fabricante garante abrir mercado americano exatamente no momento em que a USAF re-lança requerimento para comprar 100 aeronaves similares ao Super Tucano.
Ponto fraco: Há poucas chances de o Brasil aperfeiçoar a tecnologia, pois o modelo já está consolidado.

O vice-presidente da Boeing, Joseph McAndrew, prevê gerar 5 mil empregos no Brasil baseado nas experiências nos últimos 30 anos em US$ 41 bilhões em programas de compensação em 40 países.

Concorrentes - O prefeito de São Bernardo também foi procurado nas últimas semanas por representantes das outras duas companhias que disputam com a Boeing o contrato para o fornecimento do novo avião de combate FAB: a Dassault, empresa francesa fabricante do Rafale, e a sueca Saab, fabricante do caça Gripen, que inclusive já anunciou o lançamento em São Bernardo de um Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de alta tecnologia para início de dezembro, independentemente de ser vencedora da disputa.

Já a companhia francesa também se comprometeu com Marinho a trazer investimentos para a cidade, no entanto, a iniciativa está condicionada à escolha do governo brasileiro pela Dessault para o fornecimento das novas aeronaves.

Fonte: Diário do Grande ABC