O Irã testou com sucesso uma versão própria de um sistema de mísseis que a Rússia não quis fornecer ao país, afirmou uma autoridade militar iraniana nesta quinta-feira.

A Rússia enfureceu o Irã em setembro ao cancelar a encomenda de mísseis S-300 depois de um forte lobby dos EUA e de Israel, em meio às preocupações de que o governo iraniano esteja em busca armas nucleares. Os dois países afirmaram que o sistema poderia ser usado para ajudar o Irã a proteger suas instalações nucleares de possíveis ataques aéreos no futuro.


A estatal Press TV citou um comandante da Guarda Revolucionária do Irã dizendo que o país adaptou um outro sistema de mísseis de fabricação russa para que funcione de forma similar aos sofisticados S-300.

"Desenvolvemos o sistema modernizando os sistemas como o S-200 e o testamos com sucesso", disse o general-de-brigada Mohammad Hassan Mansourian, de acordo com site da Press TV.


Iranian S-300 variant launcher
atop a Babr series tank carrier.

Front view of Babr carrier and S-300 variant missile tubes

Top view: Iranian S-300 variant missile tubes

Video still, rear section of Iranian S-300 variant launcher

Nota do Vinna: O sistema S-300, podem rastrear até 100 alvos e atirar em aeronaves a 120 km (75 milhas).No desfile de aniversário da revolução islâmica de 2010, o Irã mostrou vários equipamentos e o que chamou muita atenção foi o desfile de mísseis em tubo em configuração muito similar ao sistema S-300 russo. O Sistema encomendado de Moscou em 2007 segundo fontes oficiais jamais foi entregue. O sistema Russo é capaz de abater aviões, mísseis de cruzeiro e míssil balísticos com ogivas nucleares a uma distância de 145 quilômetros e a uma altitude de 90 mil pés. O que chamou a atenção quanto a este sistema iraniano similar ao S-300 é que foi mostrado sem se fazer acompanhar do sistema de radar e comando, tendo sido demonstrado apenas os mísseis Há algum tempo o Irã disse que desenvolveria seu próprio sistema similar ao russo.


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Já especulamos AQUI que o sistema S-300 PMU1 (versão chinesa é denominada “HQ-10/15″) é fabricado sob licença pela China e que esta pode ser fornecida ao Irã. Vale salientar que os sistemas de radares (só o radar!) em 3D Chineses (que integram o sistema “HQ-10/15″ - O JYL-1) já foi vendido a Venezuela (lembra o caso daquele Viking americano que invadiu o espaço aéreo da Venezuela? foi detectado pelo sistema JYL-1 chinês) e ao Irã que pode ter desenvolvido suas versões do míssil (isso eles tem tecnologia - veja o sistema shahab 3 ) e integrado ao radar Chinês JYL-1. Outra opção seria eles terem comprado as baterias ou comprado as baterias “HQ-10/15″ na surdina. Pelas fotos, percebe-se as semelhanças entre o shahab 3 e o S-300.

Alguns analistas do Ocidente duvidam da capacidade do Irã de replicar o S-300, um sistema de defesa aéreo preciso, móvel e de longo alcance capaz de detectar rastrear e destruir mísseis balísticos, mísseis de cruzeiro e aeronaves que voam a baixas altitudes.

Entretanto, algumas autoridades do Ocidente suspeitam que o desenvolvimento pelo Irã de mísseis mais sofisticados poderia servir ao objetivo de obter armas nucleares disponíveis.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, proibiu em setembro a entrega dos S-300s, dizendo que a medida violaria as sanções da Organização das Nações Unidas (ONU) contra o Irã.

Fonte: O Globo