À meia-noite no Iraque, o prazo estipulado pelas Nações Unidas para a retirada das tropas iraquianas do Kuwait expira e o Pentágono se prepara para começar as operações de ataque a fim de expulsar pela força o Iraque de sua ocupação do vizinho rico em petróleo, que havia durado cinco meses.

Às 04h30 de 16 de janeiro de 1991 o primeiro caça-bombardeiro decola da Arábia Saudita e em seguida de porta-aviões navegando pelo Golfo Pérsico alçam vôo para missões de bombardeio sobre o Iraque. Durante todo o dia, aparelhos da coalizão militar liderada pelos Estados Unidos bombardearam objetivos em Bagdá e em seus arredores enquanto o mundo acompanhava os acontecimentos pela televisão através de imagens transmitidas via satélite de Bagdá e de outros lugares. Poucas horas depois do início das hostilidades a Casa Branca anunciava formalmente que a Operação Tempestade no Deserto, o codinome dado à maciça ofensiva contra o Iraque desencadeada pelos Estados, havia começado.

A operação foi conduzida por uma coalizão internacional sob o comando do general norte-americano Norman Schwarzkopf, composta por forças de 32 nações como a Grã Bretanha, Egito, França, Arábia Saudita e Kuwait. Durante as seis semanas que se seguiram, as forças aliadas engajadas numa pesada guerra aérea com o objetivo de destruir a infra-estrutura militar e civil do Iraque encontraram pequena resistência efetiva da força aérea iraquiana ou de suas defesas antiaéreas.

As forças de terra iraquianas eram de pouca ou nenhuma utilidade nesta fase da Guerra e as únicas significativas medidas de retaliação tomadas pelo chefe iraquiano Saddam Hussein foram o lançamento de mísseis Scud contra Israel e a Arábia Saudita. Saddam esperava que os ataques com mísseis iria provocar a entrada de Israel no conflito, afastando desse modo o apoio árabe à guerra. A pedido dos Estados Unidos, porém, Israel se manteve a parte.


Em 24 de fevereiro começava uma grande ofensiva por terra e as forças armadas iraquianas, obsoletas e pobremente armadas, foram rapidamente suplantadas. O Kuwait foi libertado em menos de quarto dias e a maior parte do exército do Iraque se rendeu, retirou-se para o Iraque ou foi destruída. Em 28 de fevereiro, o presidente George Bush, pai, declarou o cessar-fogo, tendo o Iraque se comprometido a honrar os termos de paz da coalizão e das Nações Unidas. Cento e vinte e cinco soldados norte-americanos foram mortos na Guerra do Golfo Pérsico e outros 21 tidos como desaparecidos em ação.



Em 20 de março de 2003, uma segunda guerra entre o Iraque e uma coalizão de países, desta vez bem menor mas também liderada pelos Estados Unidos, teve início. Não foi transmitida livremente pela televisão e o objetivo estabelecido era remover Saddam Hussein do poder e ostensivamente encontrar e destruir as armas de destruição em massa fartamente alardeadas. Hussein foi capturado por uma unidade militar norte-americana em 13 de dezembro de 2003, contudo armas de destruição em massa jamais foram encontradas.

Embora o presidente George Bush tivesse declarado o fim das operações de combate, com a missão cumprida, em 1º de maio de 2003, uma intensa guerra de guerrilha se instalou em todo o país, resultando na morte de milhares de soldados da coalizão e da guerrilha e de centenas de milhares de civis.

Fonte: OPERAMUNDI