Os EUA acham que cometeram um erro ao participar na maior competição militar de defesa, o projeto de US$ 10,4 bilhões para fornecer 126 aviões de combate médio multi-função (MMRCA) para Força Aérea da Índia, que está chegando na reta final.

Washington expressou sérias dúvidas sobre a capacidade de Hindustan Aeronautics Ltd (HAL) em tratar de projetos como o MMRCA, apelidando-a de “não-testada e suspeita”. Isso provocou uma resposta dura de um funcionário do Ministério da Defesa da Índia, que salientou a facriante de defesa indiana já estava envolvida na produção de uma linha moderna de caças, como o Sukhoi-30MKI em parceria com a Rússia.


Caça indiano Tejas fabricado pela Hindustan Aeronautics Ltd (HAL)

De acordo com o contrato MMRCA, que a Índia espera assinar este ano, 18 jatos serão adquiridos completos, sendo fabricados fora da Índia, enquanto o restante será fabricado pela HAL na Índia após a transferência de tecnologia.

F/A-18 Super Hornet (Boeing)

Dois caças americanos, o F/A-18 Super Hornet (Boeing) e F-16 Falcon (Lockheed Martin), estão na corrida para vencer o projeto, que é o maior acordo de combate ao redor do mundo neste momento. Os outros jatos, que foram submetidos a exaustivos ensaios de campo pela Força Aérea da Índia, são o sueco Gripen (Saab), o francês Rafale (Dassault), o russo MiG-35 (United Aircraft Corporation) e o Eurofighter Typhoon (consórcio entre ingleses, alemães, espanhóis e italianos).

F-16In Falcon (Lockheed Martin)

O Financial Times informou que na sexta-feira o embaixador dos EUA para a Índia Timothy Roemer, através de um telegrama confidencial no ano passado, disse que a indústria de aviação da Índia estava algo como “duas ou três décadas atrás os EUA e outras nações ocidentais”, apesar de alguns avanços.

“O potencial para HAL com o sucesso de parcerias com empresas dos EUA em um avião realmente avançada continua sem certificação e em dúvida”, disse Roemer, com o telegrama vazando no WikiLeaks e “visto” pelo jornal britânico.

Após uma viagem à HAL, nas instalações em Bangalore, em fevereiro de 2010, Roemer também manifestou surpresa com a falta de precauções de automação e segurança na fábrica HAL. Empresas dos EUA precisam de “abordagem de parcerias com cuidado para entender a experiência gerencial e tecnológica de empresas indianas”, disse ele.

Fonte: Times of India – via: Cavok