Os estaleiros, que desejarem obter ou manter contratos da Marinha dos EUA deveriam olhar para o programa Littoral Combat Ship (LCS) como inspiração, disse o Secretário da Marinha Ray Mabus.

"Temos que construir com arquitetura aberta," Mabus disse a um grupo de jornalistas de defesa em Washington em 27 de abril. "Temos que construir navios modulares como o LCS, desta maneira não será necessário mudar o casco a cada nova mudança tecnológica".

Para fazer desta estratégia bem sucedida, Mabus reconhece, a Marinha também tem que mudar suas práticas de construção naval. "Nós devemos a indústria de projetos mais estáveis", diz ele, acrescentando que a Marinha não pode projetar em paralelo com a construção dos navios. "Devemos à indústria tecnologias mais maduras."

Quando a tecnologia mudar, a Marinha deve adiar sua introdução até a próxima revisão do projeto do navio, ou então até o próximo bloco de navios encomendados em vez de insistir que os contratados enxertem de qualquer maneira as melhorias nas embarcações em meio à construção, segundo Mabus. Finalmente, ele disse que, a Marinha deve transparência aos empreiteiros, sobre o número de navios que se deseja adquirir e sobre o valor que pretende pagar por eles.

O Congressional Budget Office (CBO), o US Government Accountability Office e Congressional Research Service todos questionaram o plano de construção naval da Marinha.

A Marinha, dizem eles, não tem como comprar todos os navios que diz que precisa nas próximas décadas com o orçamento que provavelmente lhe estará disponível.

Além disso, a CBO aponta que enquanto as autoridades da Marinha continuam a defender junto ao Congresso uma frota total de 313 navios durante o início deste século, o plano de construção e de compra realmente produzirá uma dúzia de navios a mais - o que poderia ser ainda mais difícil de suportarorçamentariamente. O CBO contabiliza navios de apoio e outras embarcações que a Marinha normalmente não inclui no seu número total de 313 navios.

E, enquanto o número de 313 navios é o objetivo declarado da Esquadra, Mabus reconhece que o plano atual da Marinha deve produzir um número de cerca de 325 navios na década de 2020.

À medida que a Marinha mantenha uma limitação nas inserções de nova tecnologia e oferecer melhor custo e os números da frota de navios para os fabricantes e construtores navais, eles, por sua vez, deverão a Marinha uma redução no custo e horas necessárias para construir os navios, disse Mabus. E os contratantes precisam se comprometer definitivamente com essa mudança aumentando o que eles estão dispostos a gastar em seus estaleiros. "Eles devem fazer os investimentos em infra-estrutura e da força de trabalho para que as numero de homens-hora possa cair", disse ele.

Fonte: Aviation Week - Tradução: Felipe Salles - Alide