Rebeldes líbios receberam fundos de doações para pagar salários de servidores do setor públicos nas áreas que controlam, confirmou ontem o Reino Unido. A França anunciou que enviou armas a civis em áreas sitiadas pelas forças de segurança do ditador Muammar Kadafi.

O secretário de Relações Exteriores britânico, Willian Hague, disse a parlamentares que um primeiro pagamento de US$ 100 milhões em ajuda foi feito ao principal grupo de oposição ao regime de Kadafi.

Em uma reunião nos Emirados Árabes Unidos mais cedo neste mês, o grupo de rebeldes que mantém contato com as forças internacionais pediu mais de US$ 1,3 bilhão em ajuda.

O Conselho de Transição Nacional da Líbia disse que o dinheiro será usado para pagar o salário de professores, garis e outros trabalhadores.

O ministro das Finanças da oposição, Ali Tarhouni, fez diversos pedidos urgindo por ajuda financeira, e avisou na última terça que hospitais na cidade de Benghazi estariam com baixo estoque de medicamentos.

Armas francesas

As entregas de armas, lança-granadas e munições ocorreram no início de junho nas montanhas ocidentais Nafusa, quando as forças de Kadafi tinham sitiado civis e seu governo recusou um pedido da ONU para permitir a passagem de um carregamento de ajuda humanitária, disse o coronel Thierry Burkhard.

Segundo o Ministério da Defesa francês, os aviões lançaram no começo de junho, com paraquedas, armamentos leves e munição nas montanhas Nafusa, a sudoeste da capital líbia, Trípoli. Também teriam sido enviados aos rebeldes alguns tanques leves por via terrestre, através da fronteira líbia com a Tunísia.

No início eram lançados apenas suprimentos médicos, alimentos e água. Porém, com a piora da situação dos civis em meio ao conflito, foi tomada a decisão de lançar também as armas.

Fonte: DCI