Após sete meses de combate, os rebeldes líbios afirmam controlar praticamente todo o país e garantem que restam poucas horas para o fim do regime de Muammar Kadafi, cujo paradeiro é desconhecido.

Estes são alguns dos fatos mais importantes ocorridos durante o conflito líbio:.

Fevereiro.

Dias 15-16 - Começam as primeiras revoltas na Líbia. Dois mil manifestantes protestam em Benghazi (reduto da oposição) por conta da detenção de um ativista de direitos humanos e contra os governantes corruptos. Há 38 feridos e, em Al Baida, duas pessoas morrem.

Dia 17.- Os protestos se estendem na chamada "jornada da cólera". O Exército começa a utilizar fogo real. Segundo a "Al Jazeera" há 14 mortos.

Dia 19.- O Exército dispara contra os manifestantes em Benghazi e são registrados confrontos em Misrata, a 200 quilômetros de Trípoli.

Dia 21.- Os opositores controlam Benghazi e Jalu e alguns membros do Exército começam a desertar.

Primeira deserção de um membro do regime: o ministro da Justiça renuncia e os imames das mesquitas chamam os líbios à luta.

Dia 22.- Kadafi diz que não abandonará o poder e que está disposto a morrer.

A fronteira com o Egito é controlada pelos opositores, enquanto começa o isolamento internacional de Kadafi: a Liga Árabe suspende a participação da Líbia em suas reuniões.

Dia 23.- Um líbio membro do Tribunal Penal Internacional (TPI) estima em 10 mil o número de mortos desde o início dos protestos.

Dia 25.- A União Europeia (UE) define sanções e os Estados Unidos congelam os ativos de Kadafi e sua família.

Dia 27.- A ONU aprova sanções contra Kadafi, bloqueia seus bens no exterior e impõe o embargo de armas.

- A oposição anuncia a criação do Conselho Nacional de Transição (CNT).

- 100 mil refugiados fogem para as fronteiras com a Tunísia e o Egito.



Dominação da região para ter petroleo em mãos

Março.

Dia 2.- Kadafi ameaça com "milhares de mortes" caso os EUA ou a Otan entrem na Líbia.

Dia 3.- O TPI anuncia que averiguará Kadafi e outros membros de seu regime por supostos crimes contra a humanidade.

Dia 9.- Tropas pró-governo reconquistam Zawiyah e os rebeldes pedem ajuda internacional.

Dia 10.- As tropas de Kadafi lançam uma grande contraofensiva em Ras Lanuf.

Dia 11.- A UE passa a considerar o CNT um "interlocutor político".

Dia 12.- A Liga Árabe reconhece o comando rebelde.

Dia 17.- A ONU aprova a resolução 1973, cujo fim é adotar "todas as medidas necessárias" para proteger a população civil, embora exclua a intervenção em solo líbio.

Dia 19.- Após a realização da "Cúpula de Paris", começa a intervenção militar.

Dia 20.- É imposta uma zona de exclusão aérea.

Dia 21.- A força internacional bombardeia Trípoli, destrói um edifício do palácio de Kadafi e faz com que suas tropas se retirem de Benghazi.

Dia 22.- A Otan registra divergências sobre seu papel nas operações. Acerta-se a utilização de meios navais para aplicar o embargo de armas.

Dia 27.- A Otan passa a controlar das operações.

Dia 29.- Conferência Internacional de Londres: acerta-se a criação de um grupo de contato.

Dia 30.- O ministro das Relações Exteriores líbio abandona o país.

Abril.

Dia 7.- Um ataque aéreo da Otan causa 50 mortes em Brega.

Dia 10.- A Otan empreende a maior ofensiva em três semanas na qual morrem dezenas de agentes leais a Kadafi em Ajdabiya.

Dia 19.- A ONU consegue abrir um corredor humanitário.

Dia 30.- A Otan bombardeia novamente instalações de Kadafi, que afirma que o ataque matou seu filho pequeno e três de seus netos.

Maio.

Dia 8.- As tropas de Kadafi prosseguem seus ataques em todas as frentes abertas, sobretudo em Misrata, onde, segundo a Anistia Internacional, podem estar sendo cometidos crimes de guerra.

Dia 16.- O TPI solicita uma ordem de detenção contra Kadafi e seu filho Seif el Islam por supostos crimes contra a humanidade.

Dia 24.- Um novo ataque da Otan em Trípoli, o maior desde o início de suas operações, causa 19 mortos e 150 feridos, todos civis.

Dia 28.- A Otan ataca à luz do dia os arredores do palácio de Kadafi. Segundo o regime, morrem 11 pessoas.

Junho.

Dia 7.- Os rebeldes afirmam ter tomado Yafran, a 100 quilômetros de Trípoli.

Julho.

Dia 1.- É divulgado que cerca de 1,2 milhão de pessoas fugiram desde o início do conflito.

Agosto.

Dia 9.- 85 civis morrem em uma incursão aérea da Otan ao leste de Trípoli.

Dia 10.- A UE aprova formalmente a quinta rodada de sanções contra Trípoli.

Dia 20.- Os opositores anunciam estar às portas da capital líbia, após terem tomado Brega e a refinaria de Zawiyah, principais fontes de energia do regime.

Dia 21.- Os rebeldes anunciam que controlam toda Trípoli, exceto o palácio de Kadafi.

Dia 22.- Os insurgentes controlam a maior parte de Trípoli, enquanto Kadafi segue em paradeiro desconhecido. Divulga-se a detenção de dois filhos do líder líbio, Seif el Islam, acusado de crimes contra a humanidade, e Mohamad, que consegue escapar.

Dia 23.- Apesar do anúncio rebelde, Seif el Islam aparece livre em um hotel de Trípoli, o mesmo no qual se hospeda a imprensa estrangeira.

Fonte: Terra