As forças leais ao novo governo conseguiram entrar nesta terça-feira (27) no centro de Sirte, cidade natal de Muammar Kadhafi na Líbia, e controlam vários pontos considerados estratégicos na região, confirmou um porta-voz rebelde.

Os combatentes tomaram o controle do porto, da universidade Etthadi e da ilha de Dhoran, disse Shams Eddine, que acrescentou que os combates, que são muito violentos, continuavam durante a manhã.


"Não há dúvida alguma que Sirte será libertada no máximo em até 48 horas", afirmou Eddine.

A entrada no centro de Sirte foi liderada por insurgentes chegados desde a vizinha localidade de Misrata, explicou o porta-voz, antes de precisar que o assalto foi lançado desde a parte oeste da cidade após um intenso bombardeio com artilharia pesada.

"Os irmãos de Misrata se transformaram em especialistas nos combates nas ruas e sua experiência nos permitiu tomar o controle de zonas importantes e de Sirte", disse o porta-voz "Dada a violência da ofensiva, os integrantes das brigadas pró-Kadhafi se deslocaram rumo ao leste, mas se depararam com os revolucionários que controlam essa zona e vários deles, incluído mercenários africanos, foram capturados vivos", acrescentou.

Segundo o porta-voz, um dos fatores que permitiu a entrada dos rebeldes no centro de Sirte foi a saída de centenas de famílias que conseguiram fugir através de "corredores de segurança" abertos pelos rebeldes.

A cidade natal do ex-ditador líbio é assediada pelos rebeldes há várias semanas, mas o assalto final foi adiado pelo temor de que provocasse mortes entre a população civil.

Há dois dias, os rebeldes recuaram para permitir que os aviões da Otan atacassem as posições das forças pró-Kadhafi, assim como dos depósitos de armas e munição.

"Os ataques da Otan e os incessantes bombardeios das últimas horas debilitaram a resistência das forças do antigo regime e provocaram o pânico entre suas fileiras", explicou o porta-voz.

O coronel está desaparecido há cinco semanas, desde a invasão da capital, Trípoli, pelas tropas rebeldes. Ele promete resistir, apesar de as novas autoridades já terem sido reconhecidas pela ONU e recebido apoio das principais potências e de países árabes e africanos.

Fonte: G1