Há menos de dois meses em operação na Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave P-3AM Órion, incorporada no mês de setembro ao Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação, Esquadrão Orungan, sediado na cidade de Salvador (BA), já teve um grande batismo de fogo. Na terça-feira (22/11), a aeronave realizou com sucesso a sua primeira missão real de busca e resgate. Sob a coordenação da Segunda Força Aérea, o P- 3 AM localizou o veleiro holandês Rolleman, à deriva havia dois dias. A embarcação encontrava-se aproximadamente a 315 quilômetros do litoral do Estado do Rio de Janeiro.

A embarcação,comandada pelo holandês Albert Deschipper, de 72 anos, partiu da Holanda em uma viagem de mais de um mês pelo Oceano Atlântico para encontrar com a esposa na cidade de Lapaloma, no Uruguai. Após uma parada para abastecimento em Cabo Verde, no dia 19 de outubro, Deschipper já seguia com o veleiro pela costa brasileira quando se perdeu na área da Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro.

Ao receber o aviso de emergência do Salvaero Brasília, o Comando-Geral de Operações Aéreas estabeleceu prontidão operacional para duas de suas unidades de Patrulha marítima, o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (Esquadrão Orungan), e o Quarto Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação, Esquadrão Cardeal.

O Salvaero Brasília contactou a Segunda Força Aérea às 4 horas da terça-feira (22/11) que acionou o Esquadrão Orungan. A tripulação do P-3 AM decolou imediatamente ao nascer do sol, às 6h, para as buscas do veleiro. Na missão também houve a participação de uma aeronave P-95, Bandeirante Patrulha, do Esquadrão Cardeal.

“A missão foi desenvolvida em duas etapas. Uma na parte da manhã, indo até as 13 horas, e outra na parte da tarde, perfazendo um total de 10h40 de voo”, explica o piloto da aeronave e Chefe de Operações do Esquadrão Orungan, Tenente Coronel Paulo Rogério Sobrinho, comandante da aeronave.

Na primeira missão de salvamento do P-3 AM, a localização do veleiro foi possível graças aos equipamentos de ponta de que dispõe a aeronave. Para encontrar o Rolleman, a tripulação utilizou os modernos sensores eletrônicos do P3-AM, como o radar e o flir, além da busca visual.

“Pelas dimensões, a embarcação era difícil de ser visualizada, já que possuía apenas 13 metros de comprimento. Mas a tripulação tinha experiência em busca e salvamento e utilizou os recursos do P-3AM. Além da busca visual, empregou a busca radar”, explica o Tenente Coronel Sobrinho. “Participar de uma missão dessa natureza e salvar uma vida é uma grande satisfação. O sucesso foi mérito de todos os participantes da equipe”, complementa o oficial.

Fonte: Agencia Força Aérea