O primeiro porta-aviões chinês, o Varyag, deixou o porto nessa terça-feira para uma segunda rodada de testes no mar, que provavelmente deve incluir vôos de teste de aeronaves a partir do convés de voo do navio modernizado.

“As aeronaves embarcadas possivelmente vão decolar e pousar na embarcação pela primeira vez, já que esses movimentos não podem ser feitos no cais”, disse Yin Zhuo, um almirante aposentado da Marinha e especialista em assuntos militares.

Ele disse que um componente importante do estudo será testar os cabos de aço utilizadas para para as aeronaves durante o pouso, os quais podem fazer com que o avião vá de 300 km/h a parada total no pequeno espaço do convés de voo.

As catapultas também poderão ser testada para ver se elas conseguem impulsionar os vários tipos de aeronaves ao céu.

“E claro, outra tarefa será para testar a comunicação entre o porta-aviões e as aeronaves, e se o sistema de navegação vai direcionar a aeronave para os locais designados”, acrescentou Yin.

Relatos da mídia afirmam que a plataforma terá caças J-15 no convés de voo, mas isso não foi confirmado pelos militares.

O Ministério da Defesa Nacional, disse num comunicado que o porta-aviões com motor a vapor passou por todo o trabalho de remontagem e testes, como previsto após a sua primeira avaliação no mar em meados de agosto, e estaria voltando para o mar agora para a pesquisa científica e experimentos adicionais.

O porta-aviões foi originalmente concebido para a marinha soviética, mas a construção foi interrompida quando a União Soviética entrou em colapso em 1991. Engenheiros na Ucrânia desarmaram a embarcação e seus motores foram retirados, antes de vendê-lo para a China em 1998.

O navio, um porta-aviões da classe Admiral Kuznetsov, medindo 304,5 metros de comprimento, e deslocando 58.500 toneladas, foi reformado para pesquisa e treinamento na China.

Shi Yinhong, especialista em assuntos internacionais na Universidade Renmin da China, disse que o anúncio da segunda série de testes no mar é principalmente destinada a permitir que o povo chinês saiba como estão os preparativos para o porta-aviões.

“As pessoas estão muito interessados no porta-aviões, e os militares está dizendo que devem ocorrer novos testes durante a sua longa preparação”, disse ele.

A China será o último membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas a operar um porta-aviões quando ele for entregue à Marinha do Exército de Libertação Popular.

Os Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia, Espanha, Itália, Índia, Brasil e Tailândia operam 21 porta-aviões. Só os EUA, possuem 11.

Fonte: China Daily Online – Via: Cavok