O 1º Distrito Naval informou nesta sexta-feira que o inquérito policial militar que apura as causas do incêndio do porta-aviões São Paulo, ocorrido na última quarta-feira, deverá ser concluído no prazo de 60 a 90 dias.

Embora as conclusões do inquérito dependam da realização de perícias técnicas, a assessoria do 1º Distrito Naval descartou que o incêndio possa ter sido provocado por qualquer equipamento principal do navio. Os indícios até agora são que o fogo teria começado próximo de um ventilador da antessala do alojamento onde ocorreu o acidente.

Dois militares que se feriram no incêndio permanecem internados. O cabo Jean Carlos Fujii de Azevedo, que sofreu queimaduras nos pés, deverá ter alta nos próximos dias. Já o marinheiro José de Oliveira Lima Neto permanece na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do Hospital Marcílio Dias.

Encontrado desacordado pelo Grupo de Controle de Avarias no alojamento em que dormiam os militares atingidos pelo fogo, Lima Neto sofreu queimaduras e apresenta quadro clínico estável, de acordo com boletim divulgado pelo 1º Distrito Naval.

Segundo a assessoria, o corpo do marinheiro Carlos Alexandre dos Santos Oliveira, que morreu em consequência de queimaduras, já foi liberado pelo IML (Instituto Médico-Legal) e será levado de avião a Salvador, a pedido da família, onde será enterrado. A Marinha não divulgou a data do traslado do corpo e, segundo a assessoria, não foi informada sobre o laudo do IML que aponta a causa da morte do marinheiro.

O grupo de serviço a bordo do porta-aviões São Paulo no dia do incêndio era composto por cinco oficiais e 123 praças. O incêndio começou por volta das 3h e logo foi debelado pelo Grupo de Controle de Avarias. De acordo com a Marinha, o navio aeródromo São Paulo é um dos 20 porta-aviões em atividade no mundo. “Apenas nove países têm capacidade de operar navios desse tipo”, destacou o 1º Distrito Naval em nota.

Fonte: BAND