O chefe da Força Aérea americana disse nesta quarta-feira que o cancelamento do contrato para a compra de aviões Super Tucano da Embraer para o Afeganistão é "vergonhoso" e prometeu rever rapidamente a licitação.

"Não há como ficar satisfeito com isso", disse o general Norton Schwartz a jornalistas. Ele disse que a Força Aérea relançaria "rapidamente" a disputa para a compra dos 20 aviões de combate leve para o exército afegão, já que os recursos para o programa deverão expirar até o fim do ano fiscal de 2013. "Trabalharemos com rapidez", completou.

A Força Aérea americana cancelou abruptamente na terça-feira o contrato de US$ 355 milhões com a Sierra Nevada Corp. e a fabricante de aeronaves Embraer, dizendo que abriria uma investigação depois de uma ação legal impetrada pela concorrente americana Hawker Beechcraft Corp.

A decisão representou um revés para a Força Aérea, que tenta mudar suas práticas de compra de armamentos depois que uma licitação para um novo tanque de abastecimento de voo foi marcada por escândalos e controvérsias.

Schwartz disse que será "uma profunda decepção" se os fatos mostrarem que a Força Aérea estragou o contrato, e expressou preocupação de que o cancelamento possa atrasar a entrega de uma aeronave vital para o exército afegão.

"Uma das coisas com as quais estou mais triste - sem mencionar a vergonha que esse fato trás para nós como Força Aérea - é o fato de que estamos deixando nossos parceiros na mão aqui", disse.

O general alertou sobre uma punição disciplinar drástica se a investigação revelar que o contrato foi cancelado por algum erro de procedimento. "Posso garantir que se isso não foi um erro inocente, haverá punições", completou. Ele disse que a Força Aérea trabalhará duro para resolver o problema.

O contrato para a compra dos 20 aviões AT-29 Super Tucano da Embraer foi fechado em dezembro como parte dos planos para armar o exército afegão após a saída da Otan daquele país. Mas a Força Aérea americana informou que não estava "satisfeita" com a documentação apresentada na decisão.

A Hawker Beechcraft Corp, sediada em Wichita, Kansas, protestou contra o resultado da licitação em uma corte federal, argumentando que seu avião AT-6 foi injustamente excluído da competição.

Fonte: Terra
A Força Aérea dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira que pretende agir rapidamente para refazer licitação por aviões de combate leve de uso no Afeganistão para garantir que orçamento para compra não expire no final de 2013.

Na terça-feira, a Força Aérea americana informou ter cancelado contrato de US$ 355 milhões para o fornecimento de 20 aviões de combate leve e treinamento Super Tucano, da fabricante brasileira Embraer, citando problemas com a documentação.

A empresa brasileira, entretanto, disse que forneceu toda a documentação requerida no prazo solicitado. A Força Aérea disse que vai rescindir o contrato efetivamente na sexta-feira e investigar a decisão da licitação, que também está sendo contestada na Justiça dos EUA pela americana Hawker Beechcraft.

Em comunicado, a Embraer "lamenta" a decisão. "A decisão a favor do Super Tucano... foi uma escolha pelo melhor produto, com desempenho em ação já comprovado e capaz de atender com maior eficiência às demandas apresentadas pelo cliente", disse a Embraer. A fabricante disse ainda que "permanece firme em seu propósito de oferecer a melhor solução para a Força Aérea dos EUA e aguardará mais esclarecimentos sobre o assunto" para decidir os próximos passos.

Fonte: Terra