A Suécia garantiu que não extraditará Julian Assange para os EUA se houver a possibilidade do fundador da Wikileaks ser condenado à pena de morte pela divulgação de documentos secretos norte-americanos.

Esta posição foi manifestada pela vicediretora de assuntos penais e cooperação internacional do Ministério da Justiça sueco, numa altura em que Assange continua refugiado na embaixada do Equador em Londres.

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O australiano pretende evitar ser enviado pelas autoridades britânicas para a Suécia, onde é acusado de crimes sexuais. Contudo, o fundador da Wikileaks diz que se for para a Suécia será depois enviado para os EUA, onde teme ser condenado a prisão perpétua ou à pena capital.

«Nunca entregaremos uma pessoa que se veja ameaçada com a pena de morte», disse Cecilia Riddselius ao jornal alemão «Frankfurter Rundschau».

A responsável indicou ainda que uma eventual extradição de Assange para os EUA será sempre sob a condição de que «o prisioneiro, em nenhum caso, seria executado».

Apesar deste esclarecimento do governo sueco, Riddselius salientou que, até agora, Estocolmo não recebeu qualquer indicação de que os EUA venham a pedir a extradição de Assange, frisando que Washington também não fez esse pedido a Londres.

Assange, de 41 anos, está na embaixada do Equador desde o dia 19 de junho. O australiano nega ter praticado qualquer crime na Suécia, defendendo que está a ser vítima de perseguição do governo dos EUA.

O fundador da Wikileaks disse este fim-de-semana que as autoridades britânicas estiveram a ponto de entrar na representação diplomática para o deter. Esta terça-feira, o presidente equatoriano, Rafael Correa disse que uma ação desse tipo seria um «suicídio» para o Reino Unido.

«Se o Reino Unido violar a soberania equatoriana seria um suicídio, porque depois se podiam violar as embaixadas britânicas em qualquer parte do planeta», salientou o chefe de Estado. 

Fonte: TVI24hs