Na embarcação, onde é possível operar um helicóptero e duas lanchas e cuja tripulação é de 80 militares, tem capacidade para transportar 39 fuzileiros navais e até seis contêineres de 15 toneladas. Seu poder de armamento é composto por três canhões, um deles de 30 milímetros, duas metralhadoras removíveis de 12,7 milímetros, dois pontos para montagem de fuzis e dois lançadores de foguetes de iluminação.
"O Brasil conta com navios-patrulha fabricados no país de até 500 toneladas, mas sem a mesma autonomia. Com o 'Amazonas' poderemos permanecer mais tempo no mar", afirmou o ministro da Defesa, Celso Amorim, em entrevista coletiva que concedeu a bordo da embarcação.
O navio-patrulha foi apresentado à imprensa na Baía de Guanabara, já que será anexado ao comando do Primeiro Distrito Naval do Brasil, localizado na cidade. A nova embarcação tem um custo de cerca de R$ 120 milhões incluindo armas e equipes, disse o comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWgT_TfbuUJQKvDVlf7BA7IYoTmuE4Duh-jorOKAn9A1ixJlTSa62erPrJnlqqql2qaPHOBvFaxodlOZQVnIQdGk0NcbHP999pPJnSX8i6KfvfY2iePT5X7gJcUp_WGE8xAWGie2LqrsM/s1600/8120.jpgO navio construído pela empresa britânica BAE System Maritime - Naval Ships, em Portsmouth, foi projetado para atender as necessidades de fiscalização das águas brasileiras. "Trata-se de uma ferramenta importante para proteger nosso território marítimo, assim como as rotas marítimas do país e os recursos do pré-sal, reservas de petróleo descobertas pelo Brasil em águas profundas do Atlântico", afirmou o ministro.
"O Atlântico Sul é importante e estratégico para nós. Importamos petróleo de países como Nigéria e Angola. Nossos navios passam por zonas nas quais há pirataria e é importante que tenhamos capacidade de ação", acrescentou.

O "Amazonas" chegou ao Brasil após ter sido incorporado pela Marinha em 29 de junho, no Reino Unido, e depois de uma viagem de dois meses na qual realizou exercícios de demonstração de operações antipirataria em Cabo Verde, Benin, Nigéria, São Tomé e Príncipe.

Os outros dois navios-patrulha encomendados ao Reino Unido, o "Apa" e o "Araguari", serão incorporados pela Marinha nacional em novembro deste ano e abril de 2013. Amorim esclareceu que o contrato assinado com o estaleiro britânico prevê o direito de fabricar os próximos navios do mesmo modelo no Brasil.
"Poderemos produzi-los no País quando considerarmos conveniente. Necessitamos aumentar nossa capacidade e por isso estamos construindo quatro submarinos convencionais e um nuclear. A Marinha tem outros planos de incorporação e estuda seguir produzindo fragatas no país", afirmou.
"Vamos seguir estudando o aumento da frota, mas sempre com ênfase em favorecer a produção no país. Às vezes, temos que adquirir algo de fora, como agora, mas já com a perspectiva de, em um futuro, poder produzi-lo no país", acrescentou.

Fonte: IG