O Destroier "ARA - Santíssima Trinidad", que liderou o desembarque das tropas argentinas pouco antes da guerra das Ilhas Malvinas (1982), sofreu uma avaria e afundava diante de uma base da Marinha, 600km ao sul de Buenos Aires, informou a instituição.
A embarcação, que foi retirada do serviço ativo em 2004, sofreu uma avaria por causa da ruptura de uma tubulação de 6 polegadas, o que ocasionou a entrada de água que superou a capacidade das bombas, informou a marinha em um comunicado.

Os técnicos estão esperando que o destroier que estava atracado no Porto Belgrano toque o fundo do mar para começar a repará-lo.

As autoridades tinham previsto converter o navio num museu.

O "Santíssima Trinidad", que Argentina comprou da Grã-Bretanha pouco antes do conflito bélico, é da mesma classe que os destroieres da Marinha britânica, "Sheffield" e "Coventry", afundados pelas tropas argentinas.

A Guerra das Malvinas deixou 649 argentinos e 255 britânicos mortos. 

Fonte: SwissInfo

O governo da Argentina disse nesta quarta-feira que não descarta a possibilidade de ter ocorrido uma "sabotagem" no naufrágio do destróier das Forças Armadas do país utilizado na Guerra das Malvinas contra o Reino Unido e que estava atracado em uma base naval.
"Nós não descartamos sob nenhum aspecto a possibilidade de uma sabotagem", disse hoje o ministro argentino de Defesa, Arturo Puricelli, em declarações à "Rádio 10". O navio começou a afundar aparentemente na segunda-feira.
"É raro que uma embarcação dessa envergadura, fabricada para a guerra e estando amarrada ao porto possa afundar em questão de horas sem nenhuma razão aparente", acrescentou.
O destróier Santísima Trinidad estava atracado na base naval de Puerto Belgrano (a cerca de 700 quilômetros ao sul de Buenos Aires) à espera de ser desmontado.
Puricelli disse que pediu ao chefe da Marinha, Daniel Martín, que "acelere" o processo para investigar as causas do afundamento do barco, considerado a embarcação símbolo do desembarque das tropas argentinas nas Malvinas, em 1982.
Para o ministro da Defesa teria sido uma "negligência muito grande" deixar as comportas do navio abertas, o que permitiu o naufrágio do destróier.
O ex-comandante da embarcação, José Luis Trejo, denunciou à imprensa que a deterioração do Santísima Trinidad começou depois da Guerra das Malvinas, quando o Reino Unido "se negou a nos vender peças para reposição".
O destróier foi o primeiro estaleiro com mísseis da Argentina. A partir da década de 90, o Santísima Trinidad passou a ser usado para se extrair peças de reposição destinadas a uma embarcação idêntica, o Hércules.
A Guerra das Malvinas, em 1982, envolveu a Argentina e o Reino Unido, que lutavam pela soberania do arquipélago. O conflito terminou com a derrota argentina e cerca de mil mortos. 

Fonte: Terra