A Embraer subiu 14 posições em 2011 no ranking das empresas que mais vendem armas e serviços militares no mundo, segundo o Instituto de Pesquisa da Paz Internacional de Estocolmo (Sipri, na sigla em inglês).
Ela é a única brasileira da lista, que possui majoritariamente empresas dos Estados Unidos. Com US$ 860 milhões em negócios, a Embraer subiu da 95ª para a 81ª colocação entre 2010 e 2011.

Segundo o Sipri, 15% do faturamento da companhia no ano retrasado veio da venda de armas.
Além de fabricar jatos comerciais e executivos, a Embraer atua no segmento de defesa e segurança, fornecendo caças à Marinha do Brasil e à FAB (Força Aérea Brasileira), entre outros países. 

Nas primeiras posições ficaram as americanas Lockheed Martin e Boeing, a britânica BAE Systems e a americana General Dynamics.
Considerando as vendas totais das cem maiores fabricantes de armas, houve uma queda em 2011 pela primeira vez desde meados da década de 90. As vendas totalizaram US$ 410 bilhões, uma queda de 5% em uma base ajustada por câmbio, ante US$ 411 bilhões em 2010.
O Sipri faz o levantamento desde 1989 e não inclui empresas chinesas no ranking devido à falta de dados disponíveis. 

Fonte: Folha de SP

É um recorde: o setor de defesa da Embraer deve arrecadar US$ 1 bilhão neste ano. E não há um motivo único por trás disso. São exportações, contratos para modernizar ou fazer a manutenção de aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) e programas em áreas não aeronáuticas, como a defesa das fronteiras do país.  

E em 2013 a coisa pode deslanchar ainda mais, pois no primeiro trimestre está previsto o final do detalhamento técnico do maior projeto da empresa na área militar --e também o maior avião criado pela empresa--, a aeronave de transporte e reabastecimento aéreo de combustível KC-390. Em seguida o produto deve começar a ser vendido internacionalmente.
A empresa espera que as 60 "cartas de intenção" de aquisição do KC-390 se transformem em contratos em 2013, segundo Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. Destes, 28 aviões serão para a FAB.
O bimotor a jato é o primeiro grande projeto multinacional na área de aviação em que uma empresa brasileira é a principal envolvida. O programa inclui mais de 20 parceiros e fornecedores, nacionais e internacionais. 

O KC-390 está sendo construído não como uma novidade de mercado, mas para servir como "reposição", isto é, para substituir os mais de 2.000 C-130 Hercules, da americana Lockheed, em uso por mais de 70 países --incluindo o Brasil.
O KC-390 surgiu tanto de uma estratégia de mercado da empresa como de uma necessidade da FAB.
Já o avião de ataque leve e treinador ALX, ou Super Tucano A-29, foi uma concepção da Força Aérea que a Embraer produziu e se tornou um sucesso internacional
de vendas.


Fonte: Folha de SP