A Força Aérea Brasileira (FAB) divulgou nesta segunda-feira que recebeu, no final de janeiro, mais dois Veiculos Aéreos Não-Tripulados (VANT). Os dois RQ-450, fabricados em Israel, estão em fase de montagem na Base Aérea de Santa Maria (RS) e os primeiros voos estão programados para março. Ao contrário dos polêmicos drones norte-americanos, os brasileiros não são equipados com armas.

As novas aeronaves já devem ser utilizadas nas próximas Operações Ágata, nas regiões de fronteira, e também durante a Copa das Confederações. O investimento foi de R$ 48 milhões. Agora, são quatro unidades que fazem parte do Esquadrão Hórus. Dois RQ-450 já estavam em operação desde 2011. 

De acordo com a FAB, apesar de serem do mesmo modelo, as aeronaves recebidas agora têm algumas melhorias, como câmeras diurnas e de infravermelho de melhor resolução e sistemas de comunicações aperfeiçoados. Também foi recebido um radar que permite fazer imagens mesmo através das nuvens.


Nome: Hermes 450
Designação na FAB: RQ-450
Fabricante: Elbit
Comprimento: 6 m
Envergadura: 10 m
Peso de decolagem: 450 kg
Carga útil: 150 kg
Autonomia: até 16 horas
Teto operacional: 18 mil pés (aprox. 5.500 m)
Velocidade máxima: 95 km/h
Tripulação em terra: 2 (1 aviador e 1 operador de sistemas)
Operação: missões de busca, vigilância, controle aéreo avançado e reconhecimento
Unidades em atividade: 4
Base: Santa Maria (RS)

As primeiras experiências da FAB com aeronaves não-tripuladas ocorreram em 2010. No ano seguinte, com a criação do Esquadrão Hórus, houve a estreia operacional durante as Operações Ágata. Um RQ-450 também participou das ações de segurança durante a Rio + 20. Nestas missões, estas aeronaves fazem imagens tanto de dia quanto de noite e transmitem ao vivo para os Centros de Controle.

Além das operações reais, o Esquadrão Hórus também realiza missões de "desenvolvimento de doutrina", quando são elaboradas táticas para uso militar de VANT em situações conflito. Na FAB, essas aeronaves são comandadas do solo por aviadores com experiência em aviões e helicópteros de combate, além de conhecimentos em missões militares e regras de controle do espaço aéreo.

Com informações da FAB - Via Estado de Minas