Nesta sexta-feira, a presidente Dilma vai a Itaguaí (RJ), para inaugurar a Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas (Ufem), que é parte da infra-estrutura industrial de construção e manutenção de submarinos que está sendo implantada pela Marinha do Brasil. Lá estarão o ministro da Defesa, Celso Amorim, o embaixador da França no Brasil, Bruno Delaye, e o comandante da Marinha, almirante-de-esquadra Julio Soares de Moura Neto. A Ufem é parte importante do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), que vai capacitar o País a projetar e construir quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear. 

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilqs2_m1iIFIs1-A9q7Lp9EAJaMPfaoac-X72rafLfApJ5zJLyuRxxLAmUwKLO5yId06lSfWojcJSCkZvlXPP3CAumhVMzy0jbmGOGJxfgktSSX_4FWqEXk226ILT_40J0uTybKlCq0pc/s1600/Prosub-Os-futuros-submarinos-brasileiros.jpgPela Constituição, o Brasil não pode entrar no ramo de armas nucleares. Já conta com usinas nucleares, mas está dando importante passo para poder projetar e montar um submarino com propulsão atômica, e o terá. Não se sabe bem porque, só alguns países podem ter acesso a armas nucleares. Pelo menos, o Brasil será um dos seis membros do clube de nações com tecnologia nuclear para uso pacífico em motores marítimos, o que inclui apenas os cinco países do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Inglaterra, França, Rússia e China. 

Em Itaguaí, há milhares de pessoas trabalhando na construção da base, da Ufem e dos próprios submarinos - com tecnologia da francesa DCNS e participação da brasileira Odebrecht. Já os trabalhos de projeto do motor nuclear serão desenvolvidos pela Marinha, em São Paulo. Os dois primeiros submarinos devem começar a operar em 2017 e ao fim de tudo, o de propulsão nuclear deverá ficar pronto em 2023, para ser incorporado após dois anos de testes, em 2025. Com custo de R$ 7,8 bilhões, o Prosub vai gerar 9 mil empregos diretos e outros 32 mil indiretos. Adicionalmente, na área de construção naval, projeta-se para o período de construção dos submarinos a criação de cerca de 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos permanentes.
Em resumo, o ideal seria não haver armas nucleares no mundo, mas, já que elas existem, não é justo que apenas uns poucos tenham acesso a essa tecnologia. Pelo menos, o Brasil entrará parcialmente no clube atômico.