A polícia da Nova Zelândia retomou a investigação sobre a espionagem ilegal levada a cabo por uma agência do país contra alemão Kim Dotcom, requerido pelos Estados Unidos, por alegada pirataria informática, revela hoje uma televisão local.

A polícia neozelandesa informou ter vindo a encontrar dificuldades "técnicas", as quais paralisaram durante meses esta investigação, mas adiantou que pretende conduzir várias entrevistas nas próximas três semanas sobre o caso, retomando a investigação, noticiou a cadeia TV3.
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No final do ano passado, um relatório oficial confirmou que o Departamento em causa cometeu erros ao investigar, de forma ilegal, o mentor do portal de partilha de ficheiros, Kim Dotcom.
O Departamento, que só pode espiar estrangeiros e não residentes, reconheceu serem "inadmissíveis" os erros da agência e pediu desculpas ao executivo da Nova Zelândia pela atuação prévia à operação policial orquestrada pelos Estados Unidos, apesar de ter enfatizado que desconhecia que o informático alemão tinha obtido residência no país.
Nessa operação -- que incluiu o encerramento do Megaupload, a confiscação dos bens de Kim Dotcom, o congelamento das suas contas e detenções na Europa -- registaram-se também irregularidades, de acordo com uma decisão judicial.
Os Estados Unidos acusam o portal de 'downloads' Megaupload de ter causado danos de propriedade intelectual superiores a 500 milhões de dólares (380 milhões de euros) e de ter conseguido, de forma ilícita, receitas de mais de 175 milhões de dólares (132 milhões de euros).

Fonte: DN