O Ministério de Assuntos Exteriores e Expatriados da Síria denunciou nesta quinta-feira (28) à ONU a concessão do governo de Israel a uma companhia estadunidense para a exploração de petróleo no Golã sírio ocupado.

Em cartas idênticas ao Presidente do Conselho de Segurança e ao Secretário Geral das Nações Unidas, Damasco condenou a ação e qualificou-a como ilegítima e violatória dos acordos existentes sobre esse território extraído do país árabe.
As notas recordam que as ações de Telavive constituem uma violação flagrante da Resolução 497 de 1981, do Conselho de Segurança, que proíbe a entidade sionista de explodir ou modificar o meio geográfico ou a natureza do território ocupado.
Na semana passada, meios de imprensa sírios revelaram que Israel deu permissão à empresa estadunidense Genie Energy Company para explorar hidrocarbonetos no Golã ocupado.
O Partido da Juventude Nacional Síria foi uma das primeiras organizações que condenou o fato, ao mesmo tempo em que a qualificou como "nova e flagrante violação das leis e normas internacionais, que se somam à trajetória ilegal de Israel em nosso território nacional sob sua ocupação".
Israel ocupou a meseta do Golã pertencente ao território sírio em 1967.
Em dezembro de 1981, a denominada Lei de Anexação do Golã, criada pelo próprio Knesst (Parlamento) israelense, atribuiu a Telavive a apropriação do sul território sírio.
O povo sírio mantém a reivindicação sobre seu território e a comunidade internacional não reconhece tal despojo.
Os habitantes da região recusam subordinarem-se à legislação israelense e negaram-se inclusive a receber a cédula de identidade desse país.
Fonte: Prensa Latina - Via Vermelho