Uma busca está sendo realizada num lago japonês pelo último sobrevivente de um tanque pesado construído pelo Exército Imperial nos últimos estágios da Segunda Guerra Mundial, para repelir a invasão Aliada.

O Type 4 Chi-To foi o mais avançado tanque jamais produzido pelo Japão. Com suas 30 toneladas e armamento principal de 75 mm, seria um rival à altura das forças de invasão norte-americanas.

O Exército Imperial Japonês tinha planos de construir centenas desses tanques, mas o desenvolvimento foi atrasado pela falta de materiais e os constantes ataques aéreos contra os parques industriais do país, quando a guerra chegou ao seu clímax.

O resultado foi que somente seis chassis haviam sido fabricados ao fim da guerra, e apenas dois dos tanques – que tinham uma tripulação de cinco homens – haviam sido completados.

Com o lançamento das bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki, seguidas pela rendição do Japão, os projetistas decidiram afundar os dois tanques completos no Lago Hamana, na região de Shizuoka, a sudoeste de Tóquio, em meados de agosto de 1945. Desta maneira não cairiam em mãos inimigas.

Os militares americanos recuperaram um dos tanques, embora não haja registro do que teria acontecido com o veículo depois disso. Acredita-se que outro tanque ainda esteja no lago, e muitos moradores locais estão se prontificando para ajudar na busca.

No começo da busca, o residente local Kenji Nakamura disse que se lembrava de poder tocar o tanque no fundo do lago, quando se mergulhava saltando de uma ponte.

Um antigo soldado também apareceu, dizendo que havia recebido ordens de afundar os tanques na parte mais funda do lago.

A busca, organizada por um grupo de moradores em parceria com uma empresa de exploração marítima de Tóquio, está concentrando esforços numa região do lago que tem cerca de 20 metros de profundidade. O trabalho está sendo atrasado por uma grossa camada de lama no fundo do lago.

Não há plantas sobreviventes e outros documentos sobre o tanque, e os especialistas dizem que o veículo é um importante artefato histórico que precisa ser preservado.

Fonte: The Telegraph, 12 de abril de 2013 - Via Sala de Guerra