Hackers chineses obtiveram acesso a projetos relativos a mais de 20 importantes sistemas bélicos dos EUA, segundo um relatório dos EUA divulgado na segunda-feira (27).

Citando um relatório preparado para o Pentágono pela Comissão de Ciência da Defesa, o jornal "The Washington Post" informou que os projetos vazados incluem navios e aviões de combate, além de sistemas de mísseis cruciais para a Europa, a Ásia e o Golfo Pérsico.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXty2HZs9FIMvzMqWOh2bX-7qWQNcwEveyJ_D_MQ4HpA3L31ii1cX8-LXPVR7TX4v8strnrfnduuG65D_WOXGQ1_xTgxCPNG-Utj__qjAzjF3w1ZGBIFmB7FHDX3FU52fWr4bHoQ9rIzMe/s1600/F-35AfromAbove-LockheedMartin.jpg Entre as armas listadas no relatório estão o sistema avançado de mísseis Patriot, os sistemas antimísseis Aegis, da Marinha, o caça F/A-18, o V-22 Osprey (foto mais abaixo), o helicóptero Black Hawk e o caça F-35 (foto acima).

O relatório não especifica quando os furtos digitais aconteceram e até que ponto as informações vazaram, nem explica se o fato envolveu redes do governo dos EUA, de empresas contratadas ou de subcontratadas.

Mas a espionagem daria à China um conhecimento que poderia ser explorado num conflito, como a capacidade de derrubar comunicações e corromper dados, segundo o "Post".

O texto diz também que a China poderá com essas informações acelerar o desenvolvimento da sua tecnologia defensiva.

Em um relatório neste mês ao Congresso, o Pentágono disse que a China está usando a espionagem para modernizar suas forças militares, e que a ação de hackers é uma preocupação grave.

O Pentágono disse ainda que o governo dos EUA foi alvo de uma espionagem eletrônica que parecia ser "diretamente atribuível ao governo e aos militares chineses".

A China qualificou a notícia de infundada.

Ao mesmo tempo, a emissora de TV australiana ABC disse que hackers ligados à China se apropriaram das plantas da futura sede da Organização de Inteligência da Segurança da Austrália, que é a agência nacional de espionagem.

O ataque teria ocorrido pelos computadores de uma empreiteira, expondo não só a disposição física dos espaços como também a localização das redes de comunicação e computação, segundo a imprensa. 

Questionado sobre isso, o porta-voz da chancelaria chinesa, Hong Lei, disse que a China é contra a ação de hackers.

"A China presta muita atenção à questão da segurança cibernética e está firmemente contra todas as formas de ataques de hackers", disse Hong a jornalistas, acrescentando que "é muito difícil descobrir quem realizou esses ataques". "Não sei quais as provas da imprensa para fazer esse tipo de reportagem."

Fonte: Bill Trott, Rob Taylor eTerril Yue Jones Em Washington (EUA), Canberra (Austrália) e Pequim (China) (Reuters) via UOL Notícias - Aviation News