Na rota, sem turbulência e com vento de popa - a vida na Embraer Aviação Comercial anda mansa e rica: só dois dos negócios mais recentes, o anunciado ontem, com a SkyWest, envolvendo até 100 jatos E-175 e outro, de janeiro, com a Republic Airways, abrangendo 94 aeronaves do mesmo tipo, vão chegar a US$ 8,1 bilhões. No total, o primeiro semestre da empresa vai fechar com 119 pedidos de E-Jets anunciados, sete vezes mais que as 17 encomendas registradas no mesmo período, em 2012.



Boa parte dessa retomada das grandes operações comerciais é consequência dos desenvolvimentos, em andamento, aplicados ao modelo E-175, com capacidade para até 86 passageiros em classe única de alta densidade. O avião recebeu várias melhorias que incluíram um redesenho da asa, alongada por winglets nas extremidades, além de outros refinamentos aerodinâmicos que vão resultar em redução de 5% no consumo de combustível. Sistemas específicos e melhorias de componentes determinarão o alongamento dos ciclos de manutenção, o que expande a taxa de produtividade da aeronave e diminui os custos. O arranjo estará nas entregas de 2014, entre as quais todas as do pacote da Skywest.



As novas vendas tem pouco a ver com os avanços no projeto de segunda geração dos E-Jets da empresa, que chegará ao mercado em 2018, com novos motores, mais silenciosos, asa de desenho avançado, modernos aviônicos e, talvez, leve aumento no número de assentos, que pode chegar a 136 no modelo E-195, o maior da família.



Cerca de 150 unidades do E-175 voam atualmente nas frotas de 12 transportadoras aéreas. O modelo tem alcance médio de 3.700 quilômetros, o que o faz altamente atraente para atender a demande voos regionais dos Estados Unidos.