O acidente com o voo 447 da Air France, que caiu no Oceano Atlântico quando fazia a rota Rio-Paris, completou na última sexta-feira (31) quatro anos.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDxoEm4Awxk7107w99-29X_9fXIfuYmj-FO2RkH3c6yNebTHyHWfyJbcSGzqg0XaiqfpGFt3naKb1TLyo2UdGQveG0EQwt88lWUD_X3DzNsSRJ-qQIKAxXiKu_IN7OqhrlR6sd1Af-j3Y/s400/af-447-marinha-02.jpg A data é marcada pela expectativa dos parentes e amigos das vítimas por justiça e por respostas mais precisas sobre as causas do acidente.

No acidente, morreram 228 passageiros e tripulantes de 32 nacionalidades, incluindo brasileiros. Pelas investigações do Escritório de Investigações e Análises (BEA, na sigla em francês), houve falhas humanas e técnicas.

O avião decolou às 22h29 GMT (19h30 no horário de Brasília) do dia 31 de maio de 2009, do Rio de Janeiro, e caiu pouco menos de quatro horas depois, a cerca de 1,1 mil quilômetros da costa brasileira. Em decorrência da diferença de fuso horário, na França a data do acidente é 1º de junho.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMwEowQ2pyE-LoLgaqYxMF5OvSiAry7Lmg5sAQLM-YUEPL3O-E5s5NyvexR963aTzptQQ5LjfLqVFsXD30D6ZuAZKRHYh-PDvj4OnisyHfggxchPs7jsfau5rISf2gmuK0PtaTBq11uxHs/s640/AF+447.jpg As famílias, no entanto, ainda aguardam respostas para uma série de perguntas em torno do assunto. “Por que há segredo de Justiça na França sobre o assunto? Nós não podemos ter acesso às informações. Ninguém explica a razão do sigilo”, questionou, em conversa com a Agência Brasil, Maaten Van Shuys, que perdeu a irmã no acidente.
Ao lado da dor da perda, a questão prática de enfrentar processos e negociar acordos e indenizações é um capítulo vivido por todas as famílias das vítimas. Maarten contou que algumas famílias conseguiram fazer acordos extrajudiciais para a obtenção das indenizações, outras preferem aguardar a decisão da Justiça.

https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXuM-9s8WQ0g3gXO03eZKjOBrrjemubVTC-FfyuwaHt72iDMh9km0xReNdCv6dgGFiykJaa_DqZiIgOozWwZ4u-6DODUozoAYbP-lKSwH6jmigEWXvV0cHWbirPXKdc4rE5TwbQxTa_2BL/s400/af447.JPG A Justiça da França já indiciou a Air France, a Airbus e a Thales, fabricante dos tubos Pitot, que permitem medir a velocidade aerodinâmica do avião. “O que se observa como evolução foi a divulgação, no ano passado, do relatório do BEA informando que houve falhas humanas e técnicas”, disse Maarten.
Os parentes e amigos das vítimas mantêm advogados no Brasil e na França para o acompanhamento do processo judicial. Geralmente, uma vez por mês, os advogados são chamados para esclarecimentos. “Estamos sempre em alerta, recebendo informações e trocando dados, não paramos”, disse Maarten. 

Fonte: otempo.com.br (com Agência Brasil) - Foto: AP - Via Aviation News