A discussão sobre a compra de caças para a Força Aérea Brasileira não vai impactar na relação com os Estados Unidos, um dos países na disputa pela aquisição bilionária. 
A afirmação é de Tom Kelly, encarregado de assuntos político militares do Departamento de Estado norte-americano, de passagem por Brasília para participar do "diálogo de cooperação em Defesa" com os EUA. "A relação [entre Brasil e EUA] é excelente", disse nesta segunda-feira (3). 
O caça F-18 Super Hornet da Boeing tem como concorrentes o francês Rafale e o sueco Gripen NG. "Temos confiança de que temos a melhor oferta, o melhor preço e tecnologia", disse Kelly em conversa com jornalistas. Segundo ele, a compra "provavelmente" será discutida durante agenda de atividades em Brasília --a plataforma de diálogo entre os dois países tem como objetivo identificar oportunidades de colaboração no campo da segurança. 


Segundo o jornal 'Le Monde' Os aviões queridinhos de Dilma são os americanos da Boeing.

Ele disse ainda que o debate sobre transferência de tecnologia dos EUA para o Brasil na compra, essencial nessa aquisição, "está resolvido". "Todos em Washington entendem que esse é um caso importante. Da nossa perspectiva, [essa questão] está resolvida, porque estamos mostrando que vamos transferir toda tecnologia relevante para a FAB", afirmou.

“Temos confiança que temos a melhor oferta com o melhor preço e a melhor tecnologia. O governo brasileiro está dentro de um processo interno muito detalhado e respeitamos isso, mas esperamos que possamos convencer as autoridades a fazer uma parceria importante com a gente”, disse.

Kelly disse que os Estados Unidos têm interesse em conhecer melhor a atuação do Brasil em forças de paz, a exemplo do que vem sendo realizado no Haiti. "A demanda não está diminuindo, infelizmente", ponderou.

Ele disse ainda que pretende debater com autoridades brasileiras a possibilidade de uma parceria entre o Brasil e os Estados Unidos para treinar novas equipes e desenvolver um currículo em conjunto a fim de aproveitar a experiência brasileira na formação de forças de manutenção da paz. “O Brasil tem muita influência, especialmente na África, e tem a capacidade de expandir o número de países que podemos ajudar. Temos muitas necessidades na África”, disse.

GRANDES EVENTOS
O americano ainda elogiou o Brasil diante da proximidade de grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas. Para os EUA, o país será capaz de receber, com segurança, torcedores de todas as partes do mundo.
"Não temos nenhuma preocupação sobre a capacidade brasileira [em sediar os jogos]. Temos muita confiança no Brasil", afirmou.