http://s2.glbimg.com/EDWmC48HqXJlL7GbaDpbAMGTJZ4=/620x465/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2013/05/20/mideast_iraq_fran.jpgUma onda de atentados, praticados principalmente nas zonas majoritariamente sunitas, deixou nesta segunda-feira (10) mais de 70 mortos e 230 feridos no Iraque.
Mossul, uma cidade de maioria sunita localizada 350 km ao norte de Bagdá, foi sacudida por cinco atentados com carros-bomba à noite, que mataram 29 pessoas, de acordo com um médico do hospital da cidade e um general do Exército.
Esta série de atentados, que também deixou 80 feridos, teve como alvo as forças de segurança iraquianas.
"Recebemos muitos corpos. A maior parte deles era de membros das forças de segurança", declarou à AFP o doutor Anuar Abed al-Juburi do Hospital Geral de Mossul.
Outros atentados atingiram Kirkuk e sua região, Tikrit e Tuz Khurmatu, deixando 16 mortos.
Mais cedo, um triplo atentado em um mercado na cidade de maioria xiita de Judaida al-Chat, na província de Diyala, matou 13 pessoas.
"A Al-Qaeda está por trás deste ataque terrorista", disse à AFP Mohammed al-Zaidi, um vendedor de legumes que ficou ferido em um dos atentados de Judaida al-Chat. O grupo extremista sunita tenta "aumentar o ódio religioso em nossa região, quando vivemos em perfeita harmonia com os sunitas", afirmou.
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3nGZv2un-7wU_sTgClCPjpuTVT8_MyxESVxBMQHUiU8P0A3FPcI-mXMSOaQMpxiqnZw_6k06jF3q0dyqkGOuECANQpbMFZYKYV4fAlv29YtEjJ4KsHXJYVYSmQSu4Q4R3ESQ6fPYYnxI/s320/IraqueUSA.jpg Em um outro mercado, em Taji, ao norte de Bagdá, um outro atentado deixou sete mortos.
Durante a noite, e Madain, ao sul da capital, um atentado suicida com carro-bomba contra a Polícia e o Exército deixou quatro mortos.
Em Bagdá, um duplo atentado a bomba no bairro xiita de Sadr City deixou um morto e oito feridos.
A frequência e intensidade da violência no Iraque aumentam o temor de um retorno ao conflito religioso de 2006-2007. Segundo as Nações Unidas, mais de mil pessoas morreram em ataques desde maio.
Martin Kobler, chefe da missão da ONU no país, considerou recentemente que o Iraque está "prestes a explodir".
O aumento dos episódios de violência coincide com a grave crise política e com um amplo movimento de contestação da minoria sunita, que exige o fim da estigmatização sofrida e a renuncia do primeiro-ministro xiita Nuri al-Maliki.
Observadores e especialistas também consideram que o fracasso das autoridades em combater de fato as origens da ira sunita apenas aumenta a ação dos insurgentes.

Fonte: G1