A Coreia do Norte exigiu na quinta-feira (horário local) que o Panamá libere o seu navio que transportava armas desde Cuba, alegando que a embarcação navegava sob um acordo legítimo, e classificou as suspeitas iniciais de que levava drogas como "uma ficção".
"As autoridades de investigação panamenhas precipitadamente atacaram e detiveram o capitão e a tripulação do navio com o pretexto de 'uma investigação sobre drogas' e revistaram sua carga, mas não descobriram droga", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte.
"A carga não contém mais do que armas obsoletas que serão enviadas de volta a Cuba após recondicioná-las de acordo com um contrato legítimo", disse o porta-voz, segundo a agência estatal de notícias KCNA.
Autoridades do Panamá detiveram o navio de bandeira norte-coreana e encontraram o que pareciam ser componentes de um sistema de radar de mísseis da era soviética escondidos sob sacos de açúcar.
"As autoridades panamenhas deveriam tomar uma medida para que os tripulantes e o navio retidos zarpem sem demora", afirmou o porta-voz.
O Panamá afirmou nesta quarta-feira que pediu à Organização das Nações Unidas que determine a legalidade da carga.
Cuba, que mantém laços diplomáticos com a Coreia do Norte, disse que a carga continha "material bélico obsoleto" enviado a Pyongyang para manutenção e incluía baterias antiaéreas, mísseis em partes e peças e partes de aviões MIG-21.
 


Fonte: Reuters