Dois caças norte-americanos largaram quatro bombas de 227 quilos sobre a Grande Barreira de Coral australiana durante um exercício que correu mal na passada terça-feira, noticia a imprensa da Austrália este domingo.

Cada um dos dois AV-8B Harriers, que descolaram do porta-aviões USS Bonhomme Richard (foto abaixo), largaram uma bomba desarmada e outra inerte sobre o coral, que é Património Mundial da Humanidade, ao largo da costa de Queensland.

Num comunicado da Sétima Frota da Marinha dos EUA é referido que as bombas foram largadas a mais de 50 metros do coral, para minimizar os efeitos, e nenhum dos engenhos explodiu.

Os caças deveriam largar as bombas num campo de tiro na Ilha de Townshend, mas foram forçados a abortar a missão quando lhes foi indicado que a área não estava livre de riscos.

Os pilotos largaram as bombas porque estavam com pouco combustível e não podiam aterrar carregando os engenhos, explicou a Marinha norte-americana.

O incidente ocorreu durante um exercício conjunto entre as forças militares dos EUA e Austrália designado «Talisman Saber».


A Marinha americana informou neste domingo que deixou cair, na semana passada, quatro bombas desativadas nos arredores da Grande Barreira de Coral da Austrália, por causa da necessidade de se desfazer dos objetos durante um voo, e examina agora como extraí-las desse espaço natural protegido.
Dois aviões da Marinha soltaram as bombas na terça-feira passada (16) e as abandonaram no local porque as aeronaves estavam ficando sem combustível e não poderiam aterrissar com tanta artilharia a bordo, disse à rede "CNN" um porta-voz dessa divisão das Forças Armadas, que pediu anonimato.
Dois dos projéteis eram bombas que estavam desarmadas antes de ser lançadas, e que não explodiram, e as outras duas eram artefatos inertes e não explosivos, segundo o porta-voz.
Os pilotos escolheram uma área afastada dos recifes e suficientemente profunda para que as embarcações que passassem pela área não se topassem com as bombas, acrescentou.
"Foi selecionado um canal profundo e distante dos recifes para minimizar a possibilidade de dano aos corais. No entanto, a artilharia inerte e não detonada se encontra dentro da área da Grande Barreira de Coral, que é um Patrimônio Mundial", afirmou a fonte.
"A Marinha é muito consciente do quão ambientalmente sensível é a grande barreira de coral, e fará todo o necessário para corrigir isto", acrescentou.
O enorme recife abriga 1.500 espécies de peixes e 4.000 tipos de moluscos, de acordo com dados do Convenção do Patrimônio da Humanidade da ONU. 

Fonte: UOL