A Casa Branca confirmou nesta quinta-feira (5) que o presidente dos EUA, Barack Obama, e a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, se reuniram paralelamente às margens da reunião de cúpula do G20, em São Petersburgo, na Rússia.
O encontro ocorreu na noite desta quinta-feira (5), pelo horário local.
"O presidente se reuniu com a presidente Rousseff entre a primeira reunião plenária do G20 e o jantar", segundo nota da Casa Branca, que não deu mais detalhes.
Depois dessa primeira reunião do G20, ambos os governantes chegaram separadamente ao Palácio de Peterhof, local do jantar, cerca de vinte minutos depois do restante dos chefes de Estado e de governo.
A expectativa era que os líderes conversassem sobre a acusação de que os EUA espionaram Dilma, reveladas por documentos vazados pelo ex-consultor de inteligência americano Edward Snowden.
Mais cedo, o vice-assessor de segurança nacional para Comunicações Estratégicas dos EUA, Ben Rhodes, disse que o governo americano reconhecia a importância de discutir a questão com o governo brasileiro.
"Entendemos quanto isso é importante para os brasileiros", disse. "Estamos concentrados em garantir que os brasileiros entendam exatamente qual a natureza do nosso esforço de inteligência... Então temos o objetivo de resolver essas coisas numa base bilateral."
O caso da espionagem a Dilma
Reportagens do jornal "O Globo" publicadas a partir de 6 de julho, com dados coletados por Snowden, mostraram que milhões de e-mails e ligações de brasileiros e estrangeiros em trânsito no país foram monitorados.
Ainda segundo os documentos, uma estação de espionagem da NSA, principal agência de inteligência dos EUA, funcionou em Brasília pelo menos até 2002.
Os dados apontam ainda que a embaixada do Brasil em Washington e a representação na ONU, em Nova York, também podem ter sido monitoradas.
Outros países da América Latina também são monitorados, segundo os dados.
De acordo com o jornal, situações similares ocorrem no México, Venezuela, Argentina, Colômbia e Equador.
O interesse dos EUA não seria apenas em assuntos militares, mas também em relação a questões de petróleo e da produção de energia.
revista "Época" também publicou reportagem sobre documento secreto que revela como os Estados Unidos espionaram ao menos oito países – entre eles o Brasil – para aprovar sanções contra o Irã.
No dia 1º de setembro, o "Fantástico" exibiu reportagem ,com base em documentos obtidos com exclusividade.
Os arquivos classificados como ultrassecretos, que fazem parte de uma apresentação interna da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos, mostram a presidente Dilma Roussef, e o que seriam seus principais assessores, como alvo direto de espionagem da NSA.
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Do G1