http://4.bp.blogspot.com/_VI09UZEkRY4/SxLnaAKPc7I/AAAAAAAAGpQ/wE0CLhp0a0U/s1600/industria-naval-g1.bmpO presidente do Sindicato Nacional da Construção Naval (Sinaval), Ariovaldo Rocha, estimou em US$ 13 bilhões as encomendas aos estaleiros exclusivamente em função do campo de Libra, do pré-sal, que será leiloado pela Agência Nacional do Petróleo dia 21 de outubro. Segundo análises preliminares – pois o grupo vencedor poderá aplicar a tecnologia que desejar para explorar a área – Libra deverá gerar encomendas de dez plataformas fixas, 17 navios-sonda e 90 barcos de apoio. Há muita polêmica sobre se o leilão deve ou não ser levado à frente, diante das informações sobre espionagem na Petrobras, mas o Sinaval faz suas previsões com pragmatismo, levando em conta os planos oficiais. 
http://www.viomundo.com.br/wp-content/uploads/2013/09/libra.jpg Lembra Rocha que, no momento, os estaleiros já contam com 373 obras. Destaca que, antes, a construção naval se concentrava no Rio de Janeiro, o que tirava do setor a condição de indústria de cunho nacional e enfraquecia suas demandas ante o Governo Federal. Hoje, o Rio lidera a produção, mas há pólos também no Amazonas, Pará, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. E estão em implantação pólos na Bahia e Espírito Santo. O setor gera 74 mil empregos diretos e, em breve, se pretende chegar a 100 mil. Em razão da política de conteúdo nacional, a cada dia há mais participação de fornecedores de aço, peças e equipamentos, o que amplia a geração de empregos.

Em relação a queixas de prestadores de serviço, de que a Petrobras, em dificuldades financeiras, estaria atrasando pagamentos e adiando compromissos, Ariovaldo Rocha destaca que, até o momento, a estatal tem mantido seus compromissos. Frisa também que nem todas as encomendas são contratadas diretamente pela Petrobras, pois isso se aplica tanto para navios-sonda como para barcos de apoio, em que terceiros obtêm contratos da Petrobras, de longo prazo, e fazem as encomendas aos estaleiros, seja com apoio de bancos ou do Fundo de Marinha Mercante.

Sem maldição
É bom lembrar que a geração de serviços ligados ao petróleo não é um aspecto paralelo, mas pode ser até o principal. O líquido e o gás vão embora, mas a tecnologia absorvida pela indústria fica para sempre.

Segundo Dilma, é importante que as empresas privadas cresçam junto com a produção de óleo e gás no país para evitar que o país sofra da chamada “maldição do petróleo”, quando uma nação é rica em recursos, mas o povo é pobre.