A direção da empresa Helibras está tentando viabilizar junto ao grupo europeu Airbus, uma sessão de testes no helicóptero Tiger para os oficiais do Grupo de Ensaios em Voo (GEA) do Comando de Aviação do Exército (CAVEX) do Brasil, incumbidos de avaliar os principais modelos de helicópteros de ataque disponíveis no mercado.
A Força Terrestre brasileira planeja adquirir 36 aeronaves de asas rotativas de ataque em três lotes de 12 unidades cada um – o primeiro no período de 2016 a 2019, conforme o estipulado pelo Plano de Obtenção de Capacidades Materiais definido pelo Plano Estratégico do Exército.

Até agora, os modelos que disputam a preferência dos militares brasileiros são o T-129 Mangusta modernizado – de desenho italiano –, o americano AH-1Z Viper (sucessor do conhecido AH-1 Super Cobra), e o russo Mi-28NE.

Em setembro do ano passado, um piloto do GEA viajou à Rússia, acompanhado do então Comandante de Operações Terrestres, general de exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas – novo comandante do Exército – e do Comandante do CAVEX, general de brigada Achilles Furlan Neto, para testar o Mi-28NE.

O grupo visitou a fábrica das aeronaves e o centro de simuladores, nas cidades de Moscou e Rontov. O relatório de análise do helicóptero russo já foi remetido pelo CAVEX para o COTER, em Brasília.

Há cerca de três semanas, a direção da Helibras obteve a autorização do CAVEX para intermediar o acesso dos oficiais do GEA ao Tiger, usado atualmente em diversos exércitos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

O Airbus Tiger é um aparelho bimotor de, aproximadamente, três toneladas, capaz de se deslocar à velocidade de 315 km/h, portanto um canhão GIAT de 30mm. Sua autonomia, a plena carga (de armamento e combustível), é de 600 km.

De acordo com uma fonte do Ministério da Defesa ouvida com exclusividade pelo ForTe, os testes no Tiger dependem apenas do recebimento de uma carta convite assinada pela direção da Airbus. 

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