A França obteve o primeiro contrato de exportação do Rafale. O Egito vai adquirir 24 aviões de combate. Os governos franceses tentavam vender o substituto do Mirage desde que o projeto foi lançado há três décadas.
O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sissi, aceitou ontem as condições do contrato que vai ser assinado na segunda-feira, no Cairo. O negócio orçado em 5,2 mil milhões de euros inclui uma fragata multimissões e mísseis de curto e médio alcance.
O presidente francês, François Hollande, justificou o negócio com imperativos de segurança:
“- Porque é que o Estado francês fez um certo número de esforços em matéria de financiamento? Não foi apenas porque temos Rafales para vender mas porque eu considero que no contexto atual é muito importante que o Egito possa agir em prol da estabilidade e estar em segurança.”
O contrato é financiado por uma instituição de crédito francesa e a fabricação do Rafale envolve meio milhar de empresas gaulesas.
O general al-Sissi expulsou do poder o então presidente Morsi em 2013. O Egito está confrontado com uma revolta jihadista no Sinai, afiliada ao grupo Estado Islâmico.


O presidente francês, François Hollande, anunciou nesta quinta-feira (12) a venda de 24 caças Rafale, da fabricante Dassault, ao Egito. De acordo com o comunicado do Eliseu, o negócio custará € 5,2 bilhões ao Cairo. O contrato será assinado na próxima segunda-feira (16).



Por meio de um comunicado, o presidente francês comemorou a primeira venda de Rafales ao exterior. "A assinatura do contrato será feita no dia 16 de fevereiro no Cairo. Eu pedi ao ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, que vá à capital egípcia fechar o negócio em nome da França", declarou Hollande.
Além dos 24 aparelhos, uma fragata fabricada pelo grupo DCNS, também entrou nas negociações.
A venda dos caças ao Egito aconteceu em um tempo recorde. As negociações com o presidente Abdel Fattah al-Sissi começaram em setembro, em uma visita de Le Drian ao Cairo. Em novembro, em visita à França, o chefe de Estado egípcio indicou sua intenção de adquirir 24 Rafales e a fragata.
No domingo (8), o ministro francês da Defesa declarou que as discussões com o governo egípcio estavam “bem avançadas” mas não tinham sido concluídas. Desde o início da semana, o jornal Le Monde adiantava o fechamento do acordo, mas o governo francês só o confirmou nesta noite.
Questão de honra
Os Emirados Árabes tiveram um papel principal no andamento das negociações entre a França e o Egito. Cairo, no entanto, exige receber algumas aeronaves rapidamente para a inauguração do aumento do Canal de Suez, em meados deste ano. Para Al-Sissi é uma questão de honra mostrar aos Estados Unidos que os egípcios não são dependentes da ajuda militar norte-americana.
A venda dos 24 Rafales também é essencial para que o construtor francês Dassault Aviation dê continuidade à produção do aparelho. Caso contrário, o Estado francês deveria comprar alguns caças para compensar o prejuízo.
Acordos em andamento
Em andamento, Paris tem as negociações com a Índia e o Catar para a venda de 126 e 36 caças, respectivamente. O acordo, no entanto, ainda não foi fechado.
O Brasil, também chegou a negociar a compra dos Rafale com a França, mas preferiu o Grippen, da Saab, para a renovação da frota aérea brasileira.
Do RFI