O presidente americano, Barack Obama, informou nesta terça-feira a seu colega egípcio, Abdel Fatah al-Sissi, o fim do embargo à entrega de aviões de combate F-16, de mísseis Harpoon e de peças de reposição para tanques - anunciou a Casa Branca.
A suspensão no envio desses equipamentos foi imposta em outubro de 2013, após a sangrenta repressão aos partidários do presidente Mohamed Mursi, destituído do poder pelo Exército, em 3 de julho de 2013.
A decisão de Obama deve permitir atender aos interesses comuns dos dois países "em uma região instável", afirmou o governo americano em um comunicado.
Envolvido na luta contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico (EI) na Líbia, o Egito também participa da coalizão árabe. Liderada pela Arábia Saudita, essa aliança ataca os rebeldes xiitas huthis no Iêmen.
De acordo com a Casa Branca, o anúncio do presidente diz respeito a 12 caças F-16 e 20 mísseis Harpon.
No telefonema, Obama disse a Al-Sissi que continuará a pedir ao Congresso americano uma ajuda anual de US$ 1,3 bilhão para o Egito em caráter de assistência militar.
Todo ano, os Estados Unidos entregam US$ 1,5 bilhão ao Egito e, desse montante, US$ 1,3 bilhão se destina ao âmbito militar. Uma parte dessa ajuda foi congelada após a saída de Mursi da presidência.
Mohamed Mursi foi eleito democraticamente um ano e meio depois da queda de Hosni Mubarak, em meio a uma revolta popular.
Washington condicionou a retomada da assistência à realização de reformas democráticas. Depois, admitiu que não poderia hostilizar o mais populoso e mais bem armado dos países árabes - sobretudo, no momento de embate com os jihadistas do Estado Islâmico.
Ainda segundo a Casa Branca, durante o telefonema, Obama reiterou sua preocupação com a detenção de ativistas pacíficos e com os julgamentos em massas. Nesse contexto, pediu ao atual presidente egípcio que respeite "a liberdade de expressão e de reunião".
 
Do EM