A defesa aérea da Arábia Saudita interceptou neste sábado um míssil Scud lançado pelos rebeldes iemenitas contra uma cidade saudita próxima da fronteira entre os dois países, informou o comando da coalizão internacional contra os houthis, que é liderada pelo reino saudita.
Em comunicado divulgado pela agência oficial do país, a “Spa”, o comando, que acusou os rebeldes houthis e as forças do ex-presidente iemenita Ali Abdullah Saleh pelo ataque, explicou que o míssil tinha como alvo a cidade de Khamis Meshid e que o mesmo foi interceptado.
Em resposta ao ataque, o Exército saudita bombardeou e destruiu uma base para o lançamento de mísseis situada na província iemenita de Saada, reduto dos houthis e próxima da fronteira com a Arábia Saudita.
Horas antes, aconteceram combates entre as partes nas províncias sauditas de Yazan e Nashran, que se prolongaram durante várias horas, informou hoje a liderança da coalizão.
O ataque foi planejado e efetuado por membros da Guarda Republicana iemenita, que integra as forças de Saleh, com apoio dos rebeldes houthis.
Os sauditas sofreram quatro baixas entre soldados integrantes da Guarda Nacional e da Guarda Fronteiriça, segundo a nota, enquanto as forças sauditas mataram dezenas de insurgentes iemenitas.
A coalizão liderada pela Arábia Saudita vem fazendo bombardeios desde março contra posições dos rebeldes houthis, que controlam Sana, a capital do Iêmen, e amplas regiões do país, para evitar que cheguem à cidade de Áden, a principal do sul e bastião das forças leais ao presidente Abdo Rabbo Mansour Hadi.
Esses ataques acontecem depois que o movimento xiita dos houthis anunciou há dois dias, de forma extraoficial, que participará “sem condições prévias” da reunião em Genebra, organizada pela ONU e prevista para o próximo dia 14.
Este encontro seria o primeiro entre ambas as partes para buscar uma solução política para o conflito armado, que já deixou mais de 2 mil mortos e 1 milhão de deslocados internos.
Do Ultimo Instante