Baseando suas denúncias em documentos
publicados no seu último livro, "Quando o Google encontrou o WikiLeaks",
Assange ressaltou que a empresa – juntamente com o Facebook – tem se
adequado ao modelo de espionagem proposto pela NSA.
"Google e Facebook fazem parte do
negócio de 'ser uma agência de espionagem' da NSA. Eles reúnem todas as
informações que podem, com o maior número de pessoas no mundo todo e
colocam em enormes bancos de dados. É como se eles pescassem os peixes",
denunciou.
A grande crítica feita ao Google,
segundo Assange, é de que a empresa, com seus seis bilhões de visitas
diárias, tem uma capacidade de condicionamento do usuário jamais vista.
"Eles montam uma relação de todos os interesses das pessoas para
torná-las mais previsíveis e vender esses perfis para os anunciantes.
Esse é o negócio. É algo que nunca foi visto".
Crescimento dos veículos independentes
Usando o conceito "politização da
internet", Assange define o momento em que a sociedade e a internet se
fundiram como a transição mais importante dos últimos cinco anos.
Para ele, a era digital tem
contribuído com o maior número de informações disponíveis, além de dar
maior poder ao cidadão comum. Esta pode ser uma forma, de acordo com o
jornalista, de revitalizar a mídia independente.
"É um bom momento para ser uma mídia
independente. O momento é extremamente vibrante. Há muitas oportunidades
e desafios", comentou.
Espionagem na América Latina
Especificamente sobre os países
latino-americanos, Assange diz que não só jornalistas ou políticos estão
sob os "olhos" da NSA. Para ele, qualquer pessoa que faça uso da rede
tem seu nome dentro da lista negra do órgão norte-americano.
"Não
é exclusivo para jornalistas. Todas as pessoas que usam essas
megacorporações estão sob investigação. 98% das comunicações
latino-americanas são interceptadas pela NSA, que repassam as
informações para o mundo".
Do Portal Imprensa
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