Agências de inteligência dos EUA e do Reino Unido tentaram quebrar o software antivírus de várias empresas da Europa para entender como encobrir melhor suas atividades.
Um dos objetivos dos hackers é um produto da empresa antivírus russo Kaspersky Lab. Os serviços da inteligência tentaram obter informações confidenciais sobre os clientes e usuários de produtos da companhia. Esse fato foi revelado nos documentos divulgados pelo ex-funcionário da NSA Edward Snowden, informa o The Intercept.

Além de Kaspersky Lab, também a empresa finlandesa F-Secure, a checa Avast, a russa DrWeb e mais 20 empresas poderiam ter sido alvos dos hackers.
A Agência de Segurança Nacional dos EUA monitorou as comunicações entre o software e o servidor de Kaspersky. A Agência conseguiu ter acesso à parte de informações dos usuários, que foi transmitida através da rede corporativa, aos e-mails da companhia e à lista de novos malwares. Isso foi feito para ganhar uma vantagem nas futuras operações de hackers.
Os produtos para garantir a segurança cibernética pessoal, tais como o software antivírus de Kaspersky Lab, são um problema para o Centro de Comunicações do Governo da Grã-Bretanha (GCHQ). Os agentes dos serviços da inteligência tentaram quebrar os programas e descobrir como eles trabalham para entender como esconder atividades ilegais de NSA e GCHQ.
“Estamos preocupados por certas organizações governamentais nos terem escolhido como seu alvo em vez de se concentrarem nos infratores reais. Além disso eles tentaram minar a segurança de todos os nós”, disseram os representantes de Kaspersky Lab.