Enquanto lê este artigo, há milhares de ataques informáticos em curso. Mas para a maioria das pessoas, a guerra cibernética é coisa dos filmes de ficção científica. Essa guerra existe. É real.
Não acredita? E se pudesse vê-la?
A Norse Corp. é uma companhia que monitoriza a ciberguerra e dá informação sobre ela. Tem uma rede de sensores espalhados por todo mundo, que registam a ocorrência de ataques informáticos. Com esses dados, a empresa criou um mapa que mostra os ataques a decorrer no momento, em tempo real.
Ao abrir o Norse Attack Map, a primeira coisa que verá são as dezenas de linhas coloridas que, segundo a segundo, ligam dois pontos diferentes no mundo. Cada linha representa um ataque informático e cada cor indica o seu tipo. No entanto, o mapa mostra apenas uma pequena percentagem dos ataques, pois seria impossível para a empresa monitorizar todos os dispositivos do mundo ligados à internet.
Mesmo entre os milhões de ataques detetados pela rede de sensores da Norse, a quantidade representada no mapa é muito inferior à real: segundo a Fast Company, o Norse Attack Map mostra apenas um em cada mil ataques informáticos registados pela rede da companhia. Ainda assim, o número de linhas coloridas entre continentes que se podem observar no mapa é superior ao número de mísseis fabricados.
Para além da visualização dos ataques, o mapa lista os países onde se localizam as principais origens e alvos dos ataques. Aparentemente, grande parte dos ataques têm origem na China e os Estados Unidos da América como alvo.
De acordo com o The Creator’s Project, a empresa esteve a desenvolver o mapa interativo ao longo dos últimos três anos. O site falou com Jeff Harrel, da Norse, que explicou que os sensores instalados pela companhia “imitam os alvos preferidos dos atacantes, tais como caixas multibanco, smartphones, PC’s ou computadores Mac, atraindo assim os ataques.”
A rede possui mais de oito milhões de sensores em meia centena de países, a cargo dos 50 engenheiros envolvidos no projeto. Estas pessoas são responsáveis pela manutenção da plataforma, que tem de ser “constantemente atualizada” para a tornar cada vez mais precisa na deteção dos ataques, disse Harrel.

Do Observador